Com bares e restaurantes fechados em Mato Grosso e menos de 1% operando na modalidade delivery, empresários pressionam o governo federal a anunciar um pacote de medidas para minimizar os impactos no setor.
Um dos principais pedidos para enfrentar a crise em decorrência do coronavírus, é o pagamento de uma bolsa aos três milhões de trabalhadores que atuam no segmento.
Na semana passada, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e integrantes da equipe econômica. Ouviu um compromisso de ajuda.
Solmucci alertou sobre o risco de deixar funcionários sem assistência neste momento. “Muitos dos nossos trabalhadores dizem que não sabem como vão viver sem o emprego”, diz.
Solmucci ressalta ainda que, se o governo não cumprir o que prometeu, o país corre o risco de mergulhar em uma nova crise.
Prioridade são funcionários
Em Mato Grosso, empresários estão apreensivos por conta do impasse. Segundo a presidente da Abrasel, Lorenna Bezerra, com a Medida Provisória assinada pelo governo federal neste domingo (22), a União se absteve.
A avaliação de Lorenna é que o governo teria deixado o problema nas mãos dos empresários e empregados.
“Tendo em vista que o governo entende que nosso setor está entre os quatro prioritários, ele precisa considerar que somente com a ajuda a fundo perdido para pagamentos dos salários teremos condições de evitar a desestruturação completa do setor e o caos social que advirá dela”, destaca.
“Não estamos olhando para lucro, aluguel e fornecedores. Nossa prioridade sempre foi nossos funcionários”, finaliza.