O empresário Dirceu Luís Pedroso Júnior, dono da Norge Pharma, será ouvido nesta sexta-feira (28) na CPI dos Medicamentos, da Câmara dos Vereadores de Cuiabá.
O testemunho dele poderá esclarecer contradições entre as oitivas do ex-secretário de Saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, e do coordenador de tecnologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Gilmar de Souza Cardoso.
O coordenador disse na quarta-feira (26) que a SMS possuía um sistema administrativo suficiente para gerir o Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC), antes da contratação da Norge Pharma, e culpou a empresa pelo vencimento e perda de produtos.
“Histórico de super compra”
Pôssas, ouvido no mesmo dia, afirmou que o município já tinha um “histórico de super compra” de medicamentos, com um excesso em R$ 50 milhões identificado durante sua gestão, e sugeriu que parte do problema passava por “relatórios incompletos” do CDMIC.
O contrato da Norge é o foco desta primeira etapa de trabalhos da CPI. Membros da comissão têm questionado as pessoas ouvidas sobre a necessidade de a prefeitura ter negociado serviço acima de R$ 9 milhões para gerir a distribuição de medicamentos.
O fato é que milhares de medicamentos e insumos vencidos foram descobertos durante fiscalização de vereadores.
Hoje, além do empresário Dirceu Luís Pedroso Jurnior, deve ser ouvido o ex-secretário de governo da Cuiabá, Lincon Tadeu Sardinha Costa. Sardinha fez parte da equipe do prefeito Emanuel Pinheiro até setembro de 2020.