Crônicas Policiais

Dona flor e seus dois maridos? Polícia registra trama de assassinato e traição

Se foi um estupro seguido de ameaças ou um caso extraconjugal consensual, nem a polícia sabe ainda. O fato é que o marido, pelo visto, acreditou na esposa

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Dona flor e seus dois maridos? Polícia registra trama de assassinato e traição
Imagem ilustrativa / Pixabay

Um caso atípico foi registrado na zona rural de Tabaporã (700 km de Cuiabá) nessa sexta-feira (13). Um homem de 62 anos foi à delegacia acompanhado da esposa, de 39 anos, relatar estar sendo vítima de um plano de homicídio contra ele.

O acusado seria vizinho de chácara que, na versão contada pela mulher, a obrigava a manter relações sexuais com ele e ainda ameaçava enviar para o marido dela fotos desses momentos íntimos, caso ela não se separasse dele.

As ameaças de morte teriam surgido depois que ele percebeu que dizer que enviaria as fotos não estava funcionando.

Ao ser procurado pela polícia, o homem de 42 anos, no entanto, contou uma história diferente. Disse que eles eram amantes e era a mulher quem armava para matar o marido.

O boletim de ocorrência registrado pelo casal (o oficial) destaca que a mulher se contradisse em alguns momentos.

À Polícia Militar, a mulher contou a história da chantagem com as fotos e que era obrigada a manter essas relações sexuais. Também que o plano do acusado era fazê-la se separar do marido para que eles ficassem juntos e com o patrimônio da vítima.

Segundo o relato da mulher, ela manteve essa relação extraconjugal por sete meses.

Os encontros aconteciam na casa do pai do homem acusado por ela. E as ameças eram feitas com uma espingarda.

Segundo os policiais que registraram o boletim de ocorrência, no entanto, a mulher chegou “ora dizendo que sofria amaças, outras dizendo que o caso era consensual”. E ela mesma teria deixado escapar em determinado momento que “em uma ocasião propôs um plano ao amante para matar seu esposo”.

Quando foi interrogado, o acusado confirmou o caso extraconjugal com ela, que, aliás, é sua cunhada. Ele, contudo, disse que o relacionamento já durava aproximadamente dois anos e que nunca a ameaçou.

Sobre as fotos íntimas, disse que foi ela quem lhe deu o celular, justamente, para ambos fazerem as imagens juntos.

O acusado (ou amante, não se sabe ao certo) disse, ainda, que a mulher tinha proposto por duas vezes que eles matassem o marido dela, mas que ele se negou a participar do crime.

Ele confirmou ter uma arma em casa, e esse foi o único ponto dos depoimentos em que eles concordaram. A polícia encontrou a espingarda, pertencente ao pai do acusado, e ela acabou apreendida.

No final das contas, ninguém foi preso e o caso acabou registrado como posse ilegal de arma de fogo e ações diversas da polícia.

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