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Gostoso e barato: Dona Chipa garante seu café da manhã por R$ 3,50 em Cuiabá

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Gostoso e barato: Dona Chipa garante seu café da manhã por R$ 3,50 em Cuiabá
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

Para quem cedinho sobe e desce do ônibus no ponto da Avenida Isaac Póvoas do bairro Popular, ou mesmo por quem transita pela região, um estabelecimento oferece “chipa quentinha a toda hora”, de segunda a sábado, das 6h30 às 19h, em Cuiabá. Um dos lugares com opções mais baratas da região nobre, a Dona Chipa agrada moradores e funcionários que, na correria da rotina, ajuda a garantir o café da manhã (ou o lanche da tarde) gostoso e barato a partir de R$ 3,50.

Isso porque uma unidade farta de 109 gramas, servida a R$ 2,50, acompanha cafezinho de R$ 1. Também dá para optar pelo caldo de cana, que sai por R$ 4. As demais bebidas, como chocolate quente, cappuccino quente ou gelado, vitaminas (de cinco frutas, leite e um cereal) e as seis opções de sucos naturais, chegam a custar no máximo R$ 7.

Mais elaboradas, a chipa recheada de goiabada e chipa com doce de leite saem por R$ 3. Nesta última opção, o doce vem separado para comer como se fosse um patê, pois não é “fornável”. O cliente também pode levar para casa: são vendidos pacotes de 50 unidades congeladas: da chipa tradicional sai R$ 25 e da recheada R$ 30.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

“A gente faz questão de trabalhar com preços menores”, afirma o proprietário do estabelecimento, Cícero Neto, 52 anos.

E com a multiplicação dos clientes, é certo que a fórmula vem dando certo. Várias fornadas saem diariamente da loja [uma média de 2 mil chipas, especialmente dos horários de pico, que é pela manhã, das 8h às 9h, e à tardinha, das 16h às 19h]. Quando as temperaturas caem em Cuiabá, essa quantidade tende a ser ainda maior: “Em época de frio as pessoas têm mais vontade de sair para tomar um cappuccino ou chocolate quente e a chipa cai muito bem”.

E a trilha sonora da Dona Chipa é uma atração à parte. Por acaso, tocava um pagodinho clássico das antigas quando entrevistávamos Cícero no local, mas o que mais toca ali são hits dos anos 1980 do rock, pop e MPB. Músicos como Lulu Santos, Fagner, Geraldo Azevedo, Fabio Junior, entre outros, não faltam na playlist.

Novidade de mercado 

Em uma família de comunicadores, Cícero Neto sempre teve o desejo de trabalhar com alimentação, seja pelo prazer de estabelecer relações com o público ou pela possibilidade de um negócio rentável. Não queriam uma lanchonete, nem uma padaria ou restaurante, mas um negócio mais direcionado. “Tem menos risco de decepcionar as pessoas. Aqui nós não enfrentamos a indecisão, por exemplo, a pessoa já chega disposta a comer chipa e logo encontra o que quer”, explica.

O campo-grandense, que vem da cidade onde a chipa é tradicional, resolveu apostar no segmento na capital cuiabana, conhecida pelo bolo de queijo. “O cuiabano está mais acostumado com o bolo de queijo, a chipa é um produto menos comum, então optamos por Cuiabá, também, por uma questão de mercado. Em  Campo Grande  já tinha muitas chiparias, aqui ainda estava começando, muitas pessoas sequer conheciam chipa”, conta Cícero.

Eles abriram as primeiras lojas, simultaneamente, lá e cá, há dois anos. Mais tarde, a Dona Chipa, que vem caminhando para se tornar uma franquia, ganhou mais um espaço na capital mato-grossense, no bairro  Jardim das Américas , ponto administrado pelo irmão.

“Nós enxergamos um produto sem concorrência. A chipa não é um salgado, não é um biscoito e é parecida com um pão de queijo, só que mais saborosa e consistente. O pão de queijo tem uma massa mole por dentro. Pesquisando, descobrimos que muita gente não gostava dessa massa, achavam que estava crua. Mas da consistência da chipa ninguém nunca reclamou”, complementa.

Ademais, com a crescente demanda por um “comércio fitness”, a chipa faz parte da alimentação saudável que deixa de lado as frituras. A loja da  Isaac Póvoas , por exemplo, é rodeada de academias, estabelecimentos de produtos naturais, estúdios de dança e até clínicas de emagrecimento. “As pessoas comem chipa sem peso na consciência, porque, como a tapioca, ela não engorda tanto”, observa Cícero.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Receita de família

Mesmo assim, a chipa da Dona Chipa é mais “fofa” que a convencional. Isso porque – revela Cícero – a receita da família não usa fubá de milho, ingrediente presente na chipa tradicional, que tem como país de origem o Paraguai. É isso que a endurece um pouco mais. “Não destoa tanto do gosto tradicional e também não ‘fica biscoito’, transmitindo uma certa lembrança do pão de queijo”.

“Nós desenvolvemos uma receita própria durante seis meses de pesquisa. Buscamos um resultado que unisse um paladar agradável e não endurecesse. A nossa chipa, se você deixar uma semana fechada, ela ainda continua mole”, garante. Para isso, outro diferencial é o queijo, ingrediente especialmente encomendado sempre do mesmo fornecedor para manter o padrão. “Até a alimentação do gado é diferenciada”, explica.

Além da receita e dos fornecedores próprios, a chipa com goiabada e o caldo de cana para acompanhar são outras peculiaridades que fazem sucesso na Dona Chipa.

“Como a chipa tem uma massa neutra, você pode comê-la com várias combinações. Nós optamos pela goiabada para fazer uma alusão ao “romeu e julieta”, e não tem quem não goste. O caldo de cana as pessoas normalmente associam ao pastel, mas por que não com chipa? Usamos uma cana especial para caldo: não é de usina, não leva agrotóxicos”, explica.

A Dona Chipa do Centro está localizada na Avenida Isaac Póvoas, 169. No Jardim das Américas, na Rua Mar Del Plata, 152. Nesta loja, o horário de funcionamento é das 6h30 às 18h, com pausa das 11h às 13h30. Mais informações pelo (65) 3044-5088.

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