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Turma do Morro: quadrinista deve recriar também, a Cascuda, Jeremias e o Louco

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Turma do Morro: quadrinista deve recriar também, a Cascuda, Jeremias e o Louco
Novos desenhos revelam um pouco mais sobre o cotidiano do DJ Cebola, de Monicat, Maga Li e MC Cascão

Desde que a série foi criada em 1959, a Turma da Mônica passou por várias transformações e seus personagens vivenciaram aventuras fantásticas que ultrapassavam os limites do bairro do Limoeiro. Pelos estúdios do criador Mauricio de Sousa, a exemplo, ganharam até mesmo uma versão adolescente inspirada nos mangás para se aproximar da realidade dos jovens leitores.

Mas foi uma releitura extraoficial da Turma da Mônica que causou frisson nas redes nas últimas semanas e fez com que as atenções dos leitores de tantas gerações se voltassem para a série idealizada pelo jovem quadrinista Gabriel Jardim. No dia 1º de novembro ele publicou no Twitter e Instagram os primeiros desenhos em que revela sob sua perspectiva, como seriam a Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali na contemporaneidade.

De acordo com a imaginação de Gabriel, eles subiram o morro. As tatuagens e acessórios fazem alusão a tudo que os leitores sabiam sobre eles. Mas no universo recriado pelo quadrinista que vive em João Pessoa, na Paraíba, eles também ganharam novos nomes: Monicat, DJ Cebola, Maga Li e MC Cascão.

A série foi batizada a partir de um dos diversos retornos que obteve com com as primeiras publicações. “Em um dos comentários alguém sugeriu Turma do Morro e eu gostei da proposta”, relembra o jovem formado em Comunicação em Mídias Digitais pela Universidade Federal da Paraíba. Também foi ampliado o número dos seus seguidores no Twitter e no Instagram

“Imaginei como seria o Limoeiro hoje e vou explorar um pouco o cotidiano dos personagens”. Segundo o ilustrador, a cultura da periferia, embalada pelo funk e a interação com as novas mídias inspiraram seus personagens.

Turma do Morro na atividade

Pouco a pouco ele vai revelando um pouco deles. Nesta sexta-feira (9), seus seguidores souberam um pouquinho mais sobre o DJ Cebolinha, por exemplo, que atua também como motoboy entregando pizza. Levando em consideração o texto do post, ao que parece ele não troca mais o R pelo L, não é mesmo? Pergunta a reportagem. “Não pensei nisso, mas ele está digitando a mensagem né?”, se diverte.

 

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“Tô acabando aqui o trampo, vai colar lá no baile?” #digitalpaiting #digitalart #turmadomorro #turmadamonica #cebolinha #favela

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Na quinta-feira (08), Cascão batia uma bolinha no campinho e um dia antes, Monicat e Maga Li tomavam sol na laje, enquanto flagravam a conta do MC Cascão no Instagram. “Mah, cê viu os comentários na foto do Cascão?”.

 

 

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“Mah, cê viu os comentários na foto do Cascão?” #digitalpaiting #digitalart #turmadamonica #turmadomorro #magali #monica

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“Toca pro pai!” #digitalpaiting #digitalart #turmadamonica #turmadomorro #cascao #favela #futeboldevarzea

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Gabriel conta que para recriar esse universo, buscou influências na TV e internet, elegendo o funk como tônica que interliga a história dos personagens. Afinal, na Paraíba o brega “comanda”, assim como é o lambadão o ritmo mais executado na periferia. “Os levei para uma periferia paulista. Estou produzindo digitalmente as ilustrações, quase que diariamente. Enquanto hoje foi a do Cebolinha, já estou produzindo os próximos, mas não posso revelar”, diz ele.

O acompanhando pelo Twitter dá para flagrar uns “suaves spoilers” em recortes que são publicados antes da ilustração ser divulgada.

E conta ele, depois de explorar o cotidiano dos quatro personagens, é possível que mais personagens deem o ar da graça. “Minha intenção é explorar um pouco mais o dia a dia dos personagens com os quais eu venho trabalhando. Mas é possível que eu apresente releituras de novos personagens. Já pensei que seria o caso de retratar a Cascuda, o Jeremias e o Louco”, entrega.

Gabriel, que já tem quatro livros em quadrinhos publicados, conta que se inspirou pelo trabalho de que outros artistas vinham desenvolvendo nesta linha, em especial, do youtuber Load e do quadrinista Wagner Loud, que transformaram artistas do rap nacional em heróis das HQs e Gabriel Picolo que fez releituras dos Jovens Titãs, personagens do universo DC Comics.

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