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Dólar cede com ingresso de fluxo comercial, após subir com exterior

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Dólar cede com ingresso de fluxo comercial, após subir com exterior

Itaci Batista/Estadão Conteúdo

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O dólar passou a cair frente o real na manhã desta quinta-feira, 8, após começar a sessão em alta. Além de ingresso de fluxo cambial, o mercado precifica a queda de juros na esteira do IPCA de janeiro.

“Houve ingresso de fluxo comercial do exportador, após a abertura em alta alinhada ao viés positivo da moeda no exterior”, disse o diretor da corretora Correparti Jefferson Rugik. “Tivemos fluxo na abertura do exportador vendendo na casa dos R$ 3,28, mas nada de muito expressivo”, comenta.

Segundo ele, o novo adiamento da data prevista de votação da reforma da Previdência para 28 de fevereiro, em vez do próximo dia 19, incomoda, mas o fluxo no mercado à vista acabou pesando mais. No mercado futuro, o dólar segue do lado positivo, alinhado ao viés externo.

O ajuste em baixa dos juros futuros nesta manhã, após a desaceleração do IPCA de janeiro, para 0,29% ante +0,44% em dezembro de 2017, também é monitorado pelo mercado de câmbio, disse um operador de uma corretora.

O IPCA ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,33% e 0,50%, com mediana positiva de 0,41%. Em 12 meses, a taxa acumulada pela inflação foi de 2,86%, também abaixo do piso das projeções dos analistas, que iam de 2,89% a 3,10%, com mediana de 2,98%.

Esses ajustes ofuscam o corte da taxa Selic pelo Copom na noite de quarta-feira, 7, porque tanto a redução de 0,25 ponto, para 6,75% ao ano, como a sinalização de interrupção no ciclo de baixa do juro básico já eram esperados. No comunicado, o comitê afirmou que se o cenário econômico se desenvolver como esperado, será “mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária” na reunião de março.

O colegiado, entretanto, deixou aberta a possibilidade de rever essa posição. O Banco Central também avalia que o cenário externo tem se mostrado favorável, contribuindo para “manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes, apesar da volatilidade recente das condições financeiras nas economias avançadas”.

No câmbio, os agentes financeiros globais estão em compasso de espera pela votação no Senado dos Estados Unidos do projeto que garante recursos adicionais ao orçamento pelos próximos dois anos e eleva o teto de endividamento dos EUA até março de 2019. Um acordo sobre o tema foi fechado entre parlamentares, mas a proposta ainda precisa ser votada, para evitar a paralisação do governo a partir da meia-noite desta quinta.

Às 9h42, o dólar à vista recuava aos R$ 3,2675 (-0,22%), após ter começa a sessão com viés de alta e ter registrado máxima aos R$ 3,2867 (+0,37%). O dólar futuro de março estava em alta de 0,08%, aos R$ 3,2820, na mínima, ante máxima após a abertura positiva, aos R$ 3,2945 (+0,46%).

(Com Agência Estado)

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