A doença misteriosa que só atingiu homens e chegou a causar uma morte em Minas Gerais pode ter sido causa por cerveja contaminada. A suspeita é da Polícia Civil mineira, que identificou em dois lotes da cerveja Belorizontina, da Backer, a substância tóxica dietilenoglicol.
Os resultados ainda são preliminares, segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt. Assim, ainda não se sabe como a contaminação ocorreu.
A própria cervejaria Backer informou não saber explicar como a substância foi parar dentro de seu produto, já que o dietilenoglicol, segundo a empresa, não faz parte de seu processo de produção.
“A Cervejaria Backer continua à disposição das autoridades para auxiliar no que for necessário até a conclusão das investigações”, diz trecho da nota divulgada à imprensa, que também ressalta que vai recolher seus vasilhames.
A descoberta aconteceu depois que uma força-tarefa, com técnicos das secretarias de Saúde de Belo Horizonte e de Minas Gerais e do Ministério da Saúde, foi criada para investigar os casos da doença misteriosa.
As amostras da cerveja contaminada foram recolhidas nas residências dos pacientes internados. Exames laboratoriais apontaram para a substância tóxica.
O primeiro caso da doença ocorreu no dia 30 de dezembro. Os pacientes apresentavam quadro de insuficiência renal aguda e alterações neurológicas, além de sintomas como náusea e vômito.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, os pacientes apresentaram uma rápida deterioração. Em média, em dois dias e meio após o surgimento dos primeiros sintomas, as pessoas tiveram que ser internadas.
(Com informações da Agência Brasil)