Documentos divulgados pela CNN americana apontam que a China teria escondido informações sobre o novo cornavírus e o avanço da doença logo no início da pandemia. A omissão pode ter sido crucial para propagação da pandemia, que já matou milhares de pessoas pelo mundo.
Os documentos cobrem um período incompleto entre outubro de 2019 e abril deste ano e foram revelados por uma pessoa que teria trabalhado no sistema de saúde chinês. A fonte, segundo a CNN, pediu para não ser identificada.
Todos os arquivos tinham o código de “confidencial” e pertenciam ao Centro Provincial de Controle e Prevenção de Doenças de Hubei.
O material revela uma suposta discrepância entre os números divulgados pelo governo chinês e os que seriam casos reais de infectados.
Em Wuhan, cidade onde os primeiros casos foram diagnosticados, por exemplo, o número de infectado seria de 591 pessoas, mas aquela altura o governo chinês dizia que eram apenas 198.
Nas semanas seguintes ao início da pandemia, as autoridades chinesas teriam silenciado médicos, jornalistas e outras pessoas que tentavam alertar sobre a doença. O governo chinês ainda teria minimizado os riscos para o público, impedindo que os 11 milhões de moradores da cidade soubessem que precisavam se proteger.
Enquanto o número de casos subia e se espalhava pelo mundo, as autoridades ainda falavam que era provável que não tivessem surgido novas infecções dentro do país. Ainda hoje o número de infectados com a covid-19 na China é pouco transparente.
Se ficar comprovado que o governo chinês não agiu de forma eficiente para alertar a população, o país pode ser considerado culpado por deixar que a doença se tornasse uma pandemia.