O jornalista Augusto Nunes comparou a operação italiana Mãos Limpas, em que juízes decidiram concorrer a cargos eletivos depois de terem condenado políticos por corrupção, com a operação brasileira Lava-Jato.

Augusto ainda destaca que Mato Grosso cometeu o mesmo erro da Itália. Ele cita como exemplo o atual governador e candidato à reeleição Pedro Taques (PSDB), que deixou de atuar no Judiciário, como procurador da República, para ingressar na vida política, ainda em 2010, quando foi eleito senador.

“Esse erro foi cometido em Mato Grosso. Pedro Taques está há mais tempo na política, mas é no cargo Executivo que a pessoa aparece mais, e a juíza Selma [Arruda, do PSL] como candidata [ao Senado]”.

Para o jornalista, os servidores do Poder Judiciário fazem um bom trabalho enquanto exercem tal função, mas que isso não ocorre quando passam a exercer a atividade política no Legislativo ou Executivo.

“Na política eles acabam cometendo os mesmos erros dos políticos tradicionais e acabam passando a impressão de que tudo o que fizeram contra alguém foi em benefício próprio, para que depois se tornem chefes de políticos”, disse Augusto Nunes, durante entrevista à rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (5).

Diferentemente de Mato Grosso, Augusto diz que em nível nacional o combate à corrupção não errou como a Itália. “Imagine, por exemplo, se o [juiz] Sérgio Moro se candidata a alguma coisa? Acaba a Lava-Jato, porque ele passa a ser visto como alguém que fez aquilo tudo para ocupar um cargo político mais à frente”.

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