Gustavo Elias Santos, conhecido como DJ Guto, teve o pedido de liberdade concedido após a homologação de delação premiada feita pelo juiz titular da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira (foto acima).O relatório final da Operação Spoofing, da Polícia Federal, foi divulgado nesta semana, e apontou o envolvimento direto de Gustavo na invasão dos celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do procurador da República, Deltan Dallagnol, e de outros membros da esfera política e do poder público.
O relatório indicia Gustavo por formação de quadrilha, invasão de dispositivo eletrônico e interceptação telemática.
Durante as buscas realizadas na casa de Gustavo, a PF localizou cerca de R$ 90 mil em dinheiro. Inicialmente, o DJ não soube explicar a origem, que disse agora ser fruto de transações on-line de criptomoedas. Segundo a Defensoria Pública da União, que representa o acusado Danilo Marques – preso na primeira fase da operação -, um inquérito diferente investiga o envolvimento do DJ Guto e de Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, em lavagem de dinheiro, estelionato, obstrução de justiça e envolvimento com organizações criminosas.
Gustavo tem antecedentes criminais e já havia sido condenado pela Justiça. Ele tem passagens por roubo de veículos, posse de documentos adulterados e por portar réplicas de armas de fogo.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Gustavo, Ariovaldo Moreira, mas não obteve retorno.