Cidades

Disputa interna gera suspeita sobre prestação de contas de militares

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Disputa interna gera suspeita sobre prestação de contas de militares
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Uma disputa interna na Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado de Mato Grosso tem trazido à tona suspeitas em relação à prestação de contas da entidade. De acordo com membros da oposição, que saiu derrotada na disputa eleitoral de 2016, a chapa de situação não prestou contas durante a gestão.

O cabo Gerson Nonato, candidato da última eleição, procurou a reportagem do LIVRE para denunciar a suposta má-gestão dos recursos da associação. Ele apontou para o fato de que na gestão anterior, de 2012 a 2016, a prestação de contas foi feita somente em um dos anos de mandato, e não anualmente, como prevê o estatuto. Ainda segundo Nonato, a atividade financeira de 2017 não foi submetida ao Conselho Fiscal antes de ser apresentada aos associados, como define o regimento.

Cabo Adão Martins Silva assina termo de posse da associação (Foto: ACSPMBM/MT )

“Para apresentar esta prestação de contas fizeram uma assembleia às 8 da manhã de um feriado de Corpus Christi, e foi a primeira vez que prestaram contas em pelo menos cinco anos dessa gestão, que esteve à frente também da gestão passada. Se fez alguma prestação de contas nesse período, eles fizeram de qualquer jeito, sem apresentar em assembleia e sem submeter ao Conselho Fiscal”, criticou o militar.

Resquícios da disputa eleitoral

Nonato saiu derrotado da disputa de 2016 para o atual presidente da associação, o cabo Adão Martins Silva. Na época, a chapa de oposição tentou incluir 700 cabos e soldados com menos de 11 meses de filiação. Isso, segundo alegou a chapa de situação, seria contrário ao regimento. Ainda assim, o caso foi parar na Justiça e mesmo com o resultado validado, os opositores aguardam nova decisão judicial.

“Se ele quis fazer valer o estatuto para os filiados, deveria fazer valer também para a prestação de contas”, disparou Nonato, em entrevista por telefone. Os números da entidade já estão nas mãos do presidente do Conselho Fiscal, cabo Marlon Jackson Gonçalves, que também conversou com o LIVRE.

“Houve uma divergência em relação à prestação de contas de 2017, mas nós já estamos resolvendo o problema”, esclareceu ele.

O Conselho Fiscal, composto por mais dois membros, vai analisar a documentação financeira da entidade e entregar um parecer sobre as contas.

A reportagem entrou em contato com o cabo Adão Martins, que informou não poder se manifestar naquele momento. Este espaço segue aberto para quaisquer declarações.

 

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