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Dilma afirma que nunca autorizou caixa dois na campanha

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Dilma afirma que nunca autorizou caixa dois na campanha

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 19, que nunca autorizou caixa dois em suas campanhas. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Dilma reagiu às denúncias do publicitário João Santana e sua sócia e mulher Mônica Moura – seus marqueteiros em 2010 e em 2014 – de que receberam recursos não contabilizados das campanhas da petista.

“As únicas pessoas autorizadas a captar dinheiro, em conformidade com a legislação eleitoral, foram os tesoureiros regularmente investidos nessas funções nas campanhas de 2010 e 2014”, informou a nota.

João Santana e Mônica Moura foram ouvidos nesta terça, 18, pelo juiz federal Sérgio Moro, na ação penal em que o casal é réu ao lado do ex-ministro Antonio Palocci e o empreiteiro Marcelo Odebrecht.

Segundo a nota, “nas duas eleições, a orientação de Dilma Rousseff sempre foi clara e direta para que fosse respeitada a legislação eleitoral em todos os atos de campanha”. “Ela nunca teve conhecimento de que suas ordens tenham sido desrespeitadas”, afirma a assessoria de imprensa da petista. “Todos que participaram nas instâncias de coordenação das duas campanhas sempre tiveram total ciência dessa determinação.”

Dilma disse que espera “isenção e imparcialidade” das investigações da Operação Lava Jato. “Que permitam ao final que a Justiça seja feita, em respeito ao Estado Democrático de Direito.” 

“Eu menti”
Em depoimentos anteriores, o casal havia dito que os pagamentos recebidos na Suíça eram referentes a campanhas realizadas fora do Brasil. Na época, ainda atordoado pela prisão, preocupado com a estabilidade política e com a própria manutenção no cargo da presidente Dilma, eu menti”, afirmou Santana ao juiz Sérgio Moro.

O casal disse ter recebido ao menos R$ 15 milhões entre 2010 e 2011 como pagamentos não registrados para a campanha do PT ao Planalto. Parte desse dinheiro também teria sido referente a trabalhos que os marqueteiros realizaram posteriormente, em 2012, para candidatos do partido em pleitos municipais e para a campanha de Hugo Chávez à presidência da Venezuela, segundo os depoimentos.

 

Além disso, Santana e Monica afirmaram que os pagamentos de caixa 2 eram feitos pela Odebrecht em espécie, quando no Brasil, ou em depósitos na conta off-shore Shellbill, na Suíça.

(Com Agência Estado)

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