Quem passou pela MT-251 – Rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães – no último final de semana, percebeu uma movimentação um pouco diferente: comerciantes vendendo pamonha às margens da estrada e que pareciam ser “parada obrigatória” de quem passava.
Era a 2ª edição do Festival da Pamonha, que ainda não acabou. O sucesso foi tanto no ano passado, que desta vez, o evento passou de 2 para 5 dias. A programação segue nesta quarta-feira (1º), feriado nacional do Dia do Trabalhador.
O Festival é uma iniciativa da Prefeitura de Cuiabá, com apoio do comércio e moradores da região do Rio dos Peixes (localizada no km 23 da rodovia). Uma continuidade das comemorações pelos 300 anos da Capital.
“Além de fomentar a gastronomia, o evento tem por objetivo estimular a economia local e incentivar o turismo na região. O local é carente e precisa de incentivo, gerando novos empregos e, dessa forma, contribuir para o desenvolvimento da cidade”, pontuou o secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo.
Oito mil pamonhas
De acordo com o organizador do Festival, Valdivino de Oliveira, a primeira edição comercializou uma média de 8 mil pamonhas e contou com a participação de mais de 15 mil pessoas.
“Como aumenta a rotatividade de pessoas, conseguimos melhorar a renda, além de ajudar as pessoas que estão desempregadas a fazer um extra. Cada pamonha vendida tem o lucro de 40%. Se o milho é bom, com o mínimo de descarte, o lucro é um pouco melhor”, afirmou, lembrando que meta desse ano era dobrar os números atingidos em 2018, já que são mais dias de “festa”.
Acompanhado da família, Denilson Paiva, que é morador de Várzea Grande, ouviu pela rádio sobre o Festival da Pamonha. “Valeu muito a pena. Vou falar para os meus amigos e ainda pretendo voltar. Produto de excelente qualidade. Está aprovado”, disse.
José Célio da Silva é um dos comerciantes. Desde 1997 ele trabalha produzindo pamonhas, produto que é sua principal fonte de renda. “Apesar do tempo de experiência, o cuidado tem que ser o mesmo. Uma pamonha boa e de qualidade tem que ser feita com muita dedicação, como se fosse feita para consumo próprio”, comentou.
Rio dos Peixes
Com mais de 70 anos de existência, a comunidade Rio dos Peixes é formada por 280 chácaras. A tradicional região abriga bares e restaurantes.
Além da pamonha, no local estão sendo comercializados também produtos feitos à base de milho, como o cural, bolo, entre outros.
Os restaurantes continuam servindo variados pratos típicos da “cuiabania”. Os produtos são vendidos a partir de R$ 6.
*Com assessoria