O choro é vida. Especialmente para um grupo de jovens músicos da capital que seguem firmes na dedicação ao gênero. Popularmente conhecido como chorinho, nasceu no Rio de Janeiro no século 19 e pode ser considerado a primeira música tipicamente urbana brasileira. Os primeiros grupos que se têm notícia, foram formados por volta de 1870, mas ainda hoje segue conquistando as novas gerações.
E é exatamente hoje, no dia 24 de abril, que os músicos apaixonados pelo chorinho, celebram o Dia Nacional do Choro, data institucionalizada em homenagem ao seu maior expoente, Pixinguinha.
Em Cuiabá, a Orquestra Cuiabana de Choro convocou os músicos do Núcleo de Choro da Polícia Militar, para juntos, realizarem um grande concerto pela data. Vai ser às 20 horas, no Teatro da UFMT e a entrada é gratuita. Mas recomenda-se chegar uma hora antes, pois a entrada ficará limitada à lotação máxima do teatro.
Músico da Orquestra Cuiabana de Choro, Andrew Moraes, ressalta que a movimentação cresce não só no Brasil, como em Cuiabá. “Só cresce o número de músicos que tocam e divulgam o chorinho na capital. Quando não são feitos arranjos especiais para músicas do repertório clássico, novas composições ganham vida”. Caso da Orquestra de Choro Cuiabana que já possui muitas canções autorais integradas ao repertório das apresentações.
Nesta noite, o som dos violões de sete cordas, pandeiros, surdos, piano, contrabaixo, flautas, clarinetes e sax, todos juntos, prometem empolgar a plateia. “Tocaremos quatro músicas da banda Furiosa Portátil, que nasceu na Escola Portátil de Música, no Rio de Janeiro, algumas centenárias do Jacob do Bandolim e outras autorais da nossa Orquestra Cuiabana de Choro”.
Andrew ressalta que a todo momento o choro ganha uma nova formação musical. Em Cuiabá, a exemplo, muitos grupos surgiram nos últimos meses, além da Orquestra Cuiabana de Choro, que atua desde 2015, há ainda o Núcleo de Choro da PM, o Quatro Tons, o Trio Pingado e ainda, o mestre de toda essa geração, Marinho Sete Cordas, bastante ovacionado, sempre.
“Esse é um grande evento de divulgação da nossa arte. É choro, mas tem o sotaque de Mato Grosso, pois mesmo quando interpretamos músicas de outros grandes compositores, apostamos em uma releitura com nossa assinatura”, arremata.
