Motivadas pelo histórico de organização do movimento de lésbicas brasileiras e iniciativas mundiais, integrantes da Coletiva Lésbicas Cuiabanas organizam uma celebração à Visibilidade Lésbica na capital, para chamar a atenção para o lesbocídio e por consequência, combatê-lo. Neste domingo (26), um sarau sáfico de – e para – mulheres, reunirá atrações culturais diversificadas, a partir das 15 horas, na Casa Cuiabana. A entrada gratuita!
O evento será norteado pelo tom de denúncia ao lesbocídio – tema que surge como resistência aos casos de assassinatos, suicídios e crimes de ódio motivados pela lesbofobia – à qualquer resistência à aceitação da sexualidade. O tema permeará declamações e mural de poesias, dinâmicas de acolhimento, exibição de curtas-metragens e roda de conversa sobre saúde mental e trabalho.
Para contemplar a linguagem musical, DJ e cantoras da terra também se apresentam em palco livre, disponível para mulheres que se sentirem à vontade para se apresentar. Entre as atrações confirmadas, estão Karola Nunes, Juliana Grisólia, Kyanaju, DJ Carioca, Paula Shaira, Laila Dutra e MC RB8.
Além da celebração da Visibilidade Lésbica, datada em 29 de agosto, a atividade também marca uma retomada da auto-organização da comunidade lésbica em Cuiabá e região, em uma iniciativa que surge para fomentar discussões sobre vivências e demandas, além de possibilitar espaços de fortalecimento entre lésbicas.
Visibilidade Lésbica
Agosto, Mês Nacional da Visibilidade lésbica, foi escolhido como referência a pelo menos dois episódios marcantes para o movimento de lésbicas brasileiras. No dia 29 de agosto de 1996, o primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), realizado no Rio de Janeiro (RJ), reuniu mulheres lésbicas de todo país para discutir questões ligadas a visibilidade, saúde e organização.
Outra importante data é o Dia do Orgulho Lésbico que surge para homenagear a luta das mulheres lésbicas que, no dia 19 de agosto de 1983, protagonizaram uma manifestação contra a lesbofobia e opressão, realizada em um bar de São Paulo bastante frequentado pelo movimento LGBT, como espaço de divulgação boletim ChanaComChana. O episódio ficou conhecido como a Revolta de Stonewall Brasileira.
