Réus na ação penal decorrente da Grampolândia Pantaneira, o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco e o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior podem ser ouvidos no processo iniciado após a deflagração das operações Ouro de Tolo e Arqueiro.
É o que pretende a defesa de um dos acusados do caso, Nilson da Costa e Faria. Nesta quarta-feira (24), o advogado Vinícius Segatto apresentou o pedido para que os militares sejam arrolados como testemunhas do juízo.
O pedido de Segatto tem por base os interrogatórios dos dois militares, que lançaram diversas acusações contra membros do Ministério Público Estadual (MPE), entre elas a de que em diversas investigações foram feitas interceptações telefônicas irregulares, esquema conhecido como “barriga de aluguel”.
Para jurista, militares trouxeram fatos novos, que podem ser muito importantes durante a instrução processual, sobretudo em uma suposta ilegalidade na obtenção de provas, que pode motivar a nulidade total do processo.
As operações Arqueiro e Ouro de Tolo investigaram supostas fraudes em convênios, que teriam ocorrido na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social de Mato Grosso (Setas), até o ano de 2014.