Mato Grosso

Deputados federais de MT torram mais de meio milhão de cota em 3 meses; Galli é campeão

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Deputados federais de MT torram mais de meio milhão de cota em 3 meses; Galli é campeão
Deputado federal Victório Galli (PSL).

No primeiro trimestre de 2018, os oito deputados federais de Mato Grosso gastaram R$ 570,9 mil com a cota para exercício da atividade parlamentar, antiga verba indenizatória. Conforme dados disponíveis no Portal Transparência da Câmara Federal, o campeão de gastos foi Victório Galli (PSL), que totalizou R$ 113,5 mil até a data da consulta, em 5 de abril.

A maior fatia da cota de Galli foi utilizada para divulgação de atividade parlamentar, com a qual gastou R$ 46,5 mil somente em fevereiro, mês em que, curiosamente, apresentou o Projeto de Resolução 300/2018, cuja proposta é suprimir em 40% a verba de gabinete e em 30% a indenizatória e o salário dos parlamentares.

Em segundo lugar surge o deputado Carlos Bezerra (PMDB), que gastou R$ 96,9 mil quando somados os três primeiros meses do ano e, outra curiosidade, o mês em que Bezerra mais utilizou o benefício, foi janeiro, período de recesso parlamentar. Além disso, em janeiro e março os maiores gastos do peemedebista foram com divulgação de atividade parlamentar, apesar dele não ter apresentado nenhum projeto em 2018.

Fábio Garcia (DEM) surge na terceira colocação, com um gasto de R$ 83,2 mil. O mês em que mais utilizou a cota foi fevereiro, num total de R$ 52 mil. Os maiores valores foram utilizados para divulgação de atividade parlamentar, locação e fretamento de aeronave e de veículo, emissão de bilhete aéreo e combustíveis.

Os deputados Nilson Leitão (PSDB), Valtenir Pereira (MDB) e Ságuas Moraes (PT) tiveram gastos semelhantes, totalizando R$ 67,9 mil, R$ 66,4 mil e R$ 64,9 mil, respectivamente. Os maiores gastos de Leitão foram com locação e fretamento de aeronave, de Valtenir com manutenção de escritório de apoio, emissão de bilhetes aéreos, combustíveis e consultoria, pesquisas e trabalhos técnicos e de Ságuas Moraes com divulgação de atividade parlamentar, locação de veículo e emissão de bilhete aéreo.

Xuxu Dalmolin (PSC), que atuou na cadeira de Adilton Sachetti (PRB) até 28 de fevereiro, gastou R$ 62,3 mil, especialmente em locação de aeronave e consultoria, pesquisas e trabalhos técnicos. Já Sachetti utilizou R$ 4 mil no mês em que retornou aos trabalhos, a maior parte com locomoção.

O parlamentar mato-grossense que menos consumiu verba indenizatória no primeiro trimestre deste ano foi Ezequiel Fonseca (PP), que aproveitou apenas R$ 11, 8 mil, sendo que R$ 9,6 mil foram destinados a divulgação de atividade parlamentar.

A cota

A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar é uma cota única mensal destinada a custear os gastos dos deputados exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar. O valor máximo mensal da cota depende da unidade da federação que o deputado representa, sendo que para Mato Grosso é de R$ 39.056,17.

Podem ser indenizadas despesas com passagens aéreas; telefonia; serviços postais; manutenção de escritórios de apoio; assinatura de publicações; alimentação; hospedagem; locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às eleições; participação em cursos, palestras, seminários, simpósios, congressos ou eventos congêneres; e a complementação do auxílio-moradia.

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