Deputados estaduais não devem votar o decreto legislativo para sustar a requisição administrativa, feita pelo Governo de Mato Grosso, ao hospital São Luiz, em Cáceres (214 km de Cuiabá). O deputado Eduardo Botelho (União Brasil) disse que o decreto será arquivado.
Ele afirmou que chegou a um acordo com o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), autor do decreto, para evitar o cancelamento do controle administrativo e passarem a estudar uma medida para casar atendimentos das redes pública e privada.
“A grande questão é que todos lá concordam que o governo agiu certo com a intervenção, agora tem a questão dos planos de saúde. Então, vamos aguardar informações técnicas para acharmos um meio termo, para que os planos de saúde continuem sendo atendidos”, afirmou.
A requisição do hospital foi anunciada há um mês pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Desde então, Lúdio Cabral tem tentado colocar em votação decreto para desfazer a intervenção.
O problema seria que o São Luiz é o único hospital privado na região de Cáceres a atender clientes de planos de saúde. Conforme Botelho, cerca de 20 mil pessoas são assinantes nos municípios ao redor.
Com a transferência do controle para o Estado, o hospital passou a ser exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais cedo, o governador Mauro Mendes afirmou que a intervenção ocorreu por queda na produção do Hospital São Luiz. A direção estaria amparada a continuar a receber o mesmo pagamento por conta de uma lei federal.
“O hospital recebe R$ 2,5 milhões por mês e prestava serviços só na casa de R$ 1 milhão por mês. Lamentavelmente, não tínhamos como mudar porque tinha uma lei federal que autorizava esse tipo de coisa, por conta da pandemia. Não atendia a população SUS e recebia por isso”, pontuou.