A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou, na madrugada desta quarta-feira (18), um projeto de lei que cria um imposto “extraordinário” para as pessoas que possuam um patrimônio superior a 200 milhões de pesos (US$ 2,35 milhões dólares).
O debate sobre a taxação das “grandes fortunas” durou cerca de 13 horas e foi aprovado por um placar apertado: 133 votos a favor e 115 votos contrários.
Para o economista Tiago Brito, mestre em economia pela PUC-SP, a tributação vai afetar toda a sociedade argentina. O economista relata ainda que o país deve sofrer uma fuga de capital, o que prejudicará ainda mais a economia argentina.
“O novo tributo vai atingir uma boa quantidade de comerciantes, profissionais liberais e outros empreendedores. Isso pode afetar diretamente a economia. Em relação aos mais ricos, pouco deve afetá-los, pois estes têm condições de locomover o seu patrimônio para paraísos fiscais e se manterão longe do alcance do governo argentino”, explicou o economista.
Ao todo, serão afetados entre nove mil e 12 mil pessoas por todo o país. A Argentina vem tendo uma crescente socialista, o que deve fazer com que o país adentre ainda mais na recessão econômica.