Deputados estaduais aprovaram um projeto de lei que proíbe que professores sejam filmados em sala de aula. A proposta foi votada nessa quarta-feira (10) sob forte embate ideológico entre parlamentares a favor e contra.
O projeto foi proposto pelo deputado Valdir Barranco (PT). Segundo ele, o país passa por um momento de polarização política o que tem afetado o trabalho dos professores, que se sentiriam “inseguros” e “constrangidos”.
Disse ainda que os alunos têm sido “incitados” a filmar professores com ideia diferente e a postar os vídeos em redes sociais.
“O artigo 206 da Constituição Federal diz que o ensino será ministrado com base nos princípios de igualdade de condições para acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; e pluralismo de ideias e concepções pedagógicas”, disse.
Em outro viés, o deputado Gilberto Cattani (PSL) disse que a regra a retira a “liberdade dos alunos”. Ele disse que os alunos ficam “sujeitos à opinião política do professor” em sala de aula.
“Quando se permite ao instrutor que ele coloque a sua opinião pessoal para as nossas crianças, obviamente eles estão sujeitos a essa opinião pessoal e não a transmissão do conhecimento. Quando damos tal liberdade, estamos tirando a liberdade do nosso bem mais precioso que são os nossos filhos”, afirmou.
Votaram contra o projeto de lei: Gilberto Cattani (PSL), Romoaldo (MDB) e Ulysses (PSL), Thiago Silva (MDB), Delegado Claudinei (PSL), Dr. Gimenez (PV) e João Batista (Pros).