Inicialmente cotado para assumir a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, o deputado Thiago Silva (MDB) subiu à tribuna na sessão plenária desta quarta-feira (13) e para reclamar da escolha de Carlos Avalone (PSDB), ex-secretário de Desenvolvimento Econômico – Pasta que, justamente, comandava a concessão dos incentivos até o final do ano passado.
Afirmando não ter sido eleito por nenhum segmento econômico, ele culpou a base governista. Thiago Silva acabou como suplente na CPI e, por conta disso, a presidência da comissão deve restar para Wilson Santos (PSDB), autor do requerimento pela investigação.
Os deputados ainda têm que decidir quem vai ser o relator. As opções são Janaina Riva (MDB) ou Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD).
Na tribuna, Thiago Silva defendeu ser inadmissível que, em um momento de crise, o governo tenha feito tantas concessões de incentivos fiscais. “Precisamos averiguar de forma profunda esses incentivos, se realmente está tendo retorno para o Estado”, disse.
Suposta interferência
Wilson Santos disse desconhecer como a articulação para escolha dos titulares e suplentes aconteceu dentro da base governista. Amenizou, porém, sustentando que Thiago Silva vai poder participar normalmente da CPI, com a diferença de não poderá votar.
Já Janaina Riva, que defendeu o nome de Thiago para a presidência, afirmou que essa foi uma ação do governo. “É o bloco que ele escolheu fazer parte, então, o governo acabou preterindo a indicação dele”, afirmou.
Sobre a relatoria, a deputada disse preferir que outro parlamentar assuma o posto.
Além de Wilson, Janaina, Nininho e Avalone, também é membro titular o deputado Max Russi (PSB). Na suplência estão João Batista (Pros), Elizeu Nascimento (DC), Dilmar Dal Bosco (DEM), Dr. Eugênio (PSB) e o próprio Thiago Silva.