Mato Grosso

Deputado quer que diretores da Globo expliquem matéria ligando Bolsonaro ao caso Marielle

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Deputado quer que diretores da Globo expliquem matéria ligando Bolsonaro ao caso Marielle
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado federal José Medeiros (Pode-MT) apresentou um requerimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) das Fake News para ouvir a alta cúpula da Rede Globo.

O documento foi protocolado na noite dessa quarta-feira (30), motivado pela matéria do Jornal Nacional que citava possível relação entre assassinos da vereadora Marielle Franco e o presidente Jair Bolsonaro.

O pedido ainda precisa ser aprovado pela Comissão.

O requerimento é um convite para que Roberto Irineu Marinho – presidente do Grupo Globo -, e William Bonner – editor-chefe do Jornal Nacional, compareçam em uma audiência pública. A sessão deve debater “os ataques midiáticos que atentam contra o debate público e as práticas jornalísticas da Rede Globo”.

Além deles, também constam como convidados Ali Kamel – diretor-geral de Jornalismo da Globo -, Carlos Henrique Schoeder – diretor-geral da Globo -, e Wilson Witzel – governador do Rio de Janeiro.

Na justificativa, Medeiros afirma que rádios e televisões podem ser propagadores de informações de “fontes duvidosas”.

“Certos de que o bom jornalismo produzido pela Rede Globo não é impermeável às falhas humanas, convidamos os senhores Roberto Irineu Marinho, Ali Kamel, Carlos Henrique Schoeder e William Bonner para detalharem os métodos com os quais produzem suas notícias jornalísticas”, diz trecho do requerimento.

Medeiros ainda explica que o convite foi estendido ao governador do Rio porque ele seria suspeito de usar a máquina pública para “perseguir e vilipendiar a família Bolsonaro”. Conforme o deputado, essa “rixa” se dá porque Witzel teria a intenção de se lançar candidato à Presidência da República em 2022.

O pedido, se aprovado na Comissão, pode ser rejeitado pelos convidados.

Bolsonaro x Marielle

Na terça-feira, o Jornal Nacional divulgou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Jair Bolsonaro mora no Rio de Janeiro, afirmou em depoimento que um dos principais suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco esteve no condomínio horas antes do crime.

Segundo o porteiro, ele teria dito que iria até a casa nº 58, do presidente, e que “seu Jair” tinha autorizado a entrada do visitante. No entanto, ele teria ido à casa do sargento da PM aposentado Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor do crime.

O jornal ainda divulgou que, apesar das alegações do porteiro, registros da Câmara dos Deputados apontavam que Bolsonaro estava no plenário, em Brasília, no dia do crime.

Nessa quarta-feira (30), o Jornal informou que, segundo o Ministério Público, o porteiro teria mentido no depoimento e pode ser indiciado por falso testemunho.

Por envolver o nome do presidente da República, o caso poderia ir para o Supremo Tribunal Federal. No entanto, a PGR decidiu arquivar o inquérito.

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