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Deputado quer Polícia Federal e PGR em caso Celso Daniel

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Deputado quer Polícia Federal e PGR em caso Celso Daniel
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

O deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros (Pode), oficiou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nos últimos dias, sugerindo a federalização do caso Celso Daniel – ex-prefeito de Santo André, morto em 2002.

Na justificativa de Medeiros, inclui-se a necessidade de presença da Polícia Federal na investigação diante do depoimento de Marcos Valério, operador do “mensalão do PT” e pessoa próxima aos membros da cúpula do partido, que tornou público o possível envolvimento do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Valério, o ex-presidente seria o mandante do crime.

De acordo com Medeiros, os sete cadáveres ligados a investigação da morte de Celso Daniel, que por si só já tornava o caso um dos mais tenebrosos da história da política nacional, somam-se agora a possibilidade de envolvimento de uma das figuras mais emblemáticas do país, nos últimos anos, em um enredo quase cinematográfico.

Para o parlamentar, a fala de Valério e a solidez que o contexto lhe dá tirou o nome de Lula do universo da conspiração sobre o caso para incluir o líder petista como suspeito, criando a necessidade de apuração profunda e urgente.

“O que disse Valério quanto a comprar o silêncio do empresário Ronan Maria Pinto, que queria entregar Lula, encontra refúgio no depoimento do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, que em 2015 disse à Lava Jato que contraiu empréstimo junto ao Banco Schahin e que R$ 6 milhões teriam ido para o PT de Santo André pagar chantagistas. Nestor Cerveró também confirmou propina para calar bocas, ou seja, existe uma convergência enorme que pode apontar para alguém que se utilizou da influência da Presidência da República para se esconder da responsabilização de um crime desta gravidade. É assunto para a Polícia Federal e para a Procuradoria Geral da União (PGR)”, pontuou Medeiros.

Medeiros reitera a urgência do reforço na investigação para que o crime não entre em uma agenda histórica de assassinatos “famosos” nunca solucionados.

“Não podemos deixar uma barbaridade contra uma pessoa simplesmente virar uma lenda. A maior estrutura política do país pode ter sido usada para ocultar uma responsabilidade criminosa e isso, a meu ver, tira ainda mais o caso da esfera local, ou seja, de Santo André. O Ministério Público sustenta a tese de crime político e está cheio de elementos para isso. Muita gente que tinha esclarecimentos a dar já se foi, o Brasil não pode correr o risco de fechar esse caso e colocá-lo no arquivo como uma mancha de sua histórica. O tempo é o maior adversário”, comentou.

(Com assessoria)

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