O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), o genro dele e um advogado do partido do parlamentar são acusados de participar de esquema do qual era usado cartões funcionais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para abastecer carros particulares.
O Ministério Público Estadual (MPE) pede ao Tribunal de Justiça (TJMT) a perda de mandato do parlamentar. De acordo com a denúncia, ele desviou dinheiro e bem público entre 17/11/2016 a 08/03/2018.
Fabris teria beneficiado o advogado Ocimar Carneiro ao ceder o cartão funcional de abastecimento expedido pela Assembleia. O cartão de abastecimento que possui a placa do veículo utilizado foi apreendido na residência do profissional do direito durante a 13ª fase da operação “Ararath”.
Gilmar Fabris e o advogado foram denunciados pelo crime de peculato e o genro do parlamentar, Fernando Ferrari Aguiar, pelos crimes de peculato e falsidade ideológica.
Ocimar Carneiro confirmou, em depoimento, que utilizava o cartão e viajava com o veículo para Rondonópolis pelo menos uma vez por mês. Afirmou ainda não ser servidor da Casa Legislativa nem assessor de Gilmar Fabris.
Ele, contudo, informou que é advogado do partido PSD, ao qual o parlamentar é vinculado. Disse também que “o veículo Renault Fluence, Placa BAB 2967, teria sido disponibilizado pela ALMT para ser utilizado nos interesses do partido e do deputado.
Conforme o MP, o genro do deputado Gilmar Fabris também utilizou cartões indevidamente. Ele foi flagrado por um agente da Polícia Federal abastecendo veículo particular e enchendo galões com o cartão funcional da Assembleia Legislativa em postos do município de Rondonópolis.
O combustível autorizado pelo cartão funcional é gasolina, mas de acordo com a denúncia, Fernando Ferrari preencheu de forma fraudulenta os recibos de pagamento com informações falsas. Ele também confirmou em interrogatório os abastecimentos e que possui a senha e login dos cartões funcionais utilizados.