JLSiqueira/ALMT
O deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) apontou a necessidade do governador Pedro Taques (PSDB) adotar uma providência emergencial para conter os gastos, sob pena de não honrar os seus compromissos. Integrante do “blocão” que dá sustentação à gestão tucana, ele foi líder do governo Silval Barbosa (PMDB) na Assembleia Legislativa.
“O governo Silval Barbosa simplesmente pagava a folha e repassava os duodécimos aos poderes, hoje nem o duodécimo o governo está conseguindo passar e ainda parcela os salários”, comparou Romoaldo em entrevista à rádio Capital.
Romoaldo isentou o ex-governador, preso desde 2015 no Centro de Custódia da Capital, de ter provocado um inchaço na folha de pagamento e deixado propositalmente para o seu sucessor.
“Silval foi o grande pai dos servidores. Fez reajustes salariais para várias categorias que não tinham alinhamento nas carreiras. Muitos servidores não tinham correção desde o governo Dante de Oliveira”, defendeu o peemedebista. Segundo ele, o ex-governador não foi o grande responsável pelo o que está acontecendo agora no Estado.
Conforme o deputado, Taques, no início do governo, fez algumas ações e errou muito na folha de pagamento. “Ele concedeu RGA no primeiro ano, chamou concursados e aumentou repasses para alguns poderes e só com isso aumentou um déficit muito grande”, contextualizou.
Romoaldo explicou ainda que à época do Silval a folha salarial se manteve no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Além disso, teve todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Assembleia Legislativa. “A questão salarial não explodiu a folha de pagamento, o que explodiu foi o chamamento de 3,5 mil policiais, só com isso ocorreu um déficit orçamentário muito grande”, sustentou.