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Deputado diz que Emanuel perdeu recurso e bancada teve que buscar mais R$ 100 milhões para obra

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Deputado diz que Emanuel perdeu recurso e bancada teve que buscar mais R$ 100 milhões para obra
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado federal Fabio Garcia (DEM) culpou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pela perda da emenda federal de R$ 82 milhões que bancaria os equipamentos do novo Pronto-Socorro de Cuiabá. O parlamentar afirmou que, pelo fato de Emanuel ter perdido o prazo para entregar o plano de trabalho, a bancada teve que buscar mais R$ 100 milhões junto ao governo federal.

“Se o prefeito tivesse entregado o plano, o dinheiro viria carimbado para comprar equipamentos e não estaríamos falando sobre Pronto-Socorro agora. Este é o problema: ele não fez o trabalho dele e tivemos que transformar o recurso para custeio. O governador Pedro Taques (PSDB) pegou os R$ 100 milhões e utilizou para pagar outros fins”, disparou.

“Aí a bancada, sabendo que o governo estadual não tem dinheiro, até porque tem atraso de repasses para a saúde, fornecedores e salários, foi atrás de mais R$ 100 milhões, porque os primeiros 100 [milhões de reais] o prefeito já fez Cuiabá perder”, completou.

O novo recurso pode vir pelo programa Chave de Ouro, para conclusão de obras inacabadas no fim do governo Michel Temer (MDB). A articulação é do ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), e de deputados que sustentam o governo Temer, junto ao ministro-chefe de Governo, Carlos Marun.

A obra foi iniciada em 2015, na gestão de Mauro Mendes (DEM) como prefeito, com recursos estaduais, liberados por Pedro Taques. A emenda que equiparia a unidade foi indicada em 2016, quando Fabio era coordenador da bancada federal, e remanejada para custeio da saúde estadual em 2017, já sob coordenação de Victório Galli (PSL).

“A prefeitura não entregou ao Ministério da Saúde o plano de trabalho necessário para a compra dos equipamentos e, portanto, para empenho e liberação do dinheiro. Ele não fez esse detalhamento técnico de todos os equipamentos necessários em 2017 e tivemos que remanejar o recurso para custeio”, relatou.

O deputado lembrou que, quando houve a mudança da destinação da emenda, a bancada colocou na ata que o governo deveria destinar R$ 82 milhões para equipar o Pronto-Socorro, mesmo que a verba não viesse mais carimbada. No entanto, o recurso não foi enviado ao município até hoje, porque Taques condicionou o repasse à realização de uma licitação, o que ainda não foi feito.

Fabio Garcia criticou ainda o ato de assinatura do convênio entre Estado e município, realizado há cerca de dois meses, em frente à obra inacabada. “Pressionamos o governo para cumprir o compromisso de repassar o recurso, então chegou próximo da eleição eles fizeram um ato no Pronto Socorro, contrataram telão, som. Gastaram dinheiro público para fazer duas coisas: primeiro, anunciar que a obra estava atrasada em mais de um ano. Segundo, para falar que estava assinando o convênio que garantiria o dinheiro para equipar o Pronto Socorro. Cadê este dinheiro? Tem?”

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