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Depois de ser preso, Rogers é exonerado da Segurança Pública

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Depois de ser preso, Rogers é exonerado da Segurança Pública

Ednilson Aguiar/O Livre

Rogers Jarbas

Afastado da Secretaria de Segurança Pública, o delegado Rogers Elizandro Jarbas foi exonerado do cargo pelo governador Pedro Taques no final de semana. A exoneração veio depois de Jarbas ser preso durante a Operação Esdras, deflagrada na última semana. Segundo consta no Diário Oficial que circula nesta segunda-feira (02), o secretário foi retirado do cargo a seu próprio pedido.

O secretário interino Gustavo Garcia Francisco já havia assumido a gestão da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) no dia 20 de setembro, quando o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou que Rogers fosse afastado e passasse a usar tornozeleira.

Rogers é investigado por suposta obstrução de Justiça no escândalo dos grampos telefônicos ligados à cúpula do governo do Estado. De acordo com Perri, Rogers estaria se utilizando do cargo de secretário para tentar blindar investigações contra outros membros do Executivo, como o então secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, também preso na Operação Esdras.

Delegado da Polícia Civil e ainda secretário de Estado, Jarbas convocou a delegada Alana Cardoso para interrogatório em maio na Sesp. A ação teria sido feita sem observância dos devidos trâmites e Rogers teria feito questionamentos, inclusive sobre o promotor Mauro Zaque, sendo que como secretário ele não teria a prerrogativa de investigar um membro do Ministério Público Estadual (MPE). Zaque assina a denúncia inicial do caso dos grampos.

Alana foi responsável por investigações na Operação Forti, que apurou que interceptações ilegais teriam sido feitas a pedido do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques. A publicitária Tatiana Sangalli, ex-amante dele, e Caroline Mariano dos Santos, sua ex-secretária, tiveram telefones interceptados.

Além disso, Rogers teria encaminhado uma cópia do inquérito sigiloso que investiga a possível participação de Paulo Taques no caso. Rogers nega qualquer ato ilícito.

O inquérito contra Rogers Jarbas é conduzido pela delegada Ana Cristina Feldner, que também apura outros fatos no caso dos grampos. Ele foi preso durante a Operação Esdras, que teve prisões de outras sete pessoas por obstrução das investigações. O ex-secretário se encontra atualmente preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).

O caso
As interceptações telefônicas conhecidas como “barriga de aluguel” teriam sido realizadas por militares de Mato Grosso contra diversas autoridades e profissionais do Estado. Telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), dos advogados José Antônio Rosa e José do Patrocínio, do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do jornalista José Marcondes “Muvuca”, entre outros, teriam sido interceptados ilegalmente no caso.

Os números foram inseridos em diversas operações policiais com as quais as pessoas interceptadas não guardavam qualquer relação.

Mauro Zaque afirma que o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento das escutas, o que é negado pelo chefe do Executivo.

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