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Depois de corte de 69% em verba, hospital público de Diamantino ameaça fechar

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Depois de corte de 69% em verba, hospital público de Diamantino ameaça fechar

Prefeitura Diamantino

Hospital São João Batista - Diamantino

Hospital São João Batista, em Diamantino: corte de 70% nas verbas pode interromper atendimentos

A administração do Hospital São João Batista de Diamantino (209 km de Cuiabá) anunciou que a unidade irá fechar por tempo indeterminado a partir do próximo domingo (23) em razão do corte de 69% nas verbas do convênio com o governo do Estado.

De acordo com Cleide Anzil, diretora administrativa do hospital, o novo valor mensal do repasse, que despencou de R$ 419 mil para R$ 130 mil, não é suficiente sequer para quitar o salário de médicos e servidores.

“O valor antigo já não era o ideal e estávamos em negociação para aumentar o repasse para R$ 700 mil. De repente, fomos surpreendidos com esse corte absurdo”, afirmou a diretora.

“Nosso hospital é referência para outros nove municípios, então a demanda é muito maior do apenas a população de Diamantino”

O Hospital São João Batista é gerenciado pelo consórcio intermunicipal de Saúde da região Centro-Norte, em convênio com o Estado.

Portaria

O corte nos recursos para Diamantino e outros municípios do interior (Nortelândia, São Felix do Araguaia, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e Juara) foi anunciado por meio de portaria pelo secretário de Saúde Luiz Soares no dia 19 de junho.

A medida remanejou verbas para o atendimento em Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças e Jaciara. Foi amparada, segundo a secretaria, em critérios como população, produtividade ambulatorial e hospitalar, capacidade e condições de acesso para distribuir os recursos.

A diretora discorda destes parâmetros. “Nosso hospital é referência para outros nove municípios, então a demanda é muito maior do apenas a população de Diamantino”, reclama.

Os moradores da região convocaram uma manifestação na quinta-feira (20) e prometem bloquear o tráfego da BR-163 na altura do Posto do Gil. “Se o governo não reconsiderar essa medida, não será possível manter o atendimento”, diz a diretora.

Ao LIVRE, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde respondeu usando uma nota divulgada no momento do anúncio da portaria. “Com base em critérios técnicos de controle e avaliação, foram definidos os investimentos financeiros não obrigatórios para o custeio mensal de ações de saúde de atenção hospitalar de referência e para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, diz um trecho.

Sobre a possibilidade de paralisação das atividades do hospital, a assessoria disse que a secretaria não irá se manifestar.

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