A incidência da dengue voltou a um nível alarmante em Mato Grosso, com mais de 25 mil casos registrados em apenas quatro meses.
Dados divulgados nesta sexta-feira (24) pela Secretaria de Saúde apontam o registro de 26.500 casos de janeiro a esta semana de abril. Treze pessoas morreram.
O volume atingiu a proporção de 300 ocorrências para cada 100 mil habitantes. A média estadual de 2019, de janeiro a dezembro, foi de 205 casos por 100 mil.
Os dados são bem mais graves que o atual quadro da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que está abaixo de um caso para cada 100 mil habitantes. E oito pacientes morreram nos 34 dias do histórico do contágio.
O número de municípios com o registro da dengue também é maior em relação ao da covid-19. Conforme a SES, 81 dos 141 municípios têm casos da dengue, enquanto os pacientes do coronavírus estão em 29.
Os municípios com maior registro são: Sinop com 6.319 casos e três óbitos confirmados e um óbito em investigação; Rondonópolis com 1.162 casos e um óbito; Cuiabá com 375 casos e Várzea Grande com 232 casos.
Chikungunya
Várzea Grande também registrou 28 casos de chikungunya e um óbito pela doença.
De acordo com o boletim epidemiológico, 540 casos da doença foram registrados neste ano, enquanto que em 2019 foram notificadas 420.
Três municípios estão em situação de alerta: Várzea Grande (28), Cuiabá (25) e Sinop (12).
“A dengue não é mais uma doença sazonal para Mato Grosso e sim epidêmica. Com isso, há alto risco para esses agravos, o que coloca os gestores municipais em estado de alerta, sendo importante intensificar as ações preventivas de combate ao mosquito transmissor”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Tatiana Helena Belmonte.
Segundo a superintendente, os municípios com óbitos têm plano de contingência para dengue, chikungunya e zika. Eles têm no quadro da rede pública de saúde profissionais que receberam capacitação para classificação de risco.
A superintendente ainda reforça que os municípios que estão em alto risco para dengue, mesmo em meio à pandemia da covid-19, devem ter a atenção organizada para atender os casos de dengue.