A executiva nacional do DEM terá uma reunião nesta terça-feira (21) para conversar sobre a fusão com o PSL para concorrer nas eleições de 2022. Os partidos pretendem se unir para formar a maior bancada centro-direita no Congresso Nacional a partir de 2023.
O presidente em Mato Grosso dos democratas, Fábio Garcia, diz que os termos da eventual fusão deverão ter a escolha de concorrentes à Presidência da República, reorganização dos partidos em níveis estadual e municipal e uma definição ideológica e de estatuto.
“Se a fusão ocorrer, esses partidos vão se tornar a maior força centro-direita do país, isso é importante. Se assim for, nós vamos ter que sentar, os representantes do DEM e do PSL, e reorganizar todo o trabalho dessas agremiações. Aqui em Mato Grosso, eu não vejo nenhum problema de junção”, afirmou.
Fábio Garcia e o senador Jayme Campos são os representantes de Mato Grosso confirmados na reunião, até o momento. Garcia diz que não ainda não tem uma opinião sobre a fusão, mas é “simpático” à ideia de redução de partidos no Brasil, hoje acima de 30 grupos com registrado oficial.
Além do espectro ideológico, a fusão do DEM e do PSL garantirá ao grupo o maior a fatia dos fundos de financiamento públicos. A estimativa é que, juntos, eles passem a ter direito a R$ 320 milhões por ano.
O DEM é hoje comandado por ACM Neto e o PSL por Luciano Bivar. O embate mais forte até o momento é quem iria comandar a versão fundida dos partidos. Fábio Garcia diz que a “questão ideológica e de comando” deverão gerar atritos em Estados em que os filiados de ambos os partidos têm posições mais distintas.