A polêmica envolvendo o delegado Christian Cabral, da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran) e os peritos oficiais criminais de Mato Grosso ganhou um novo capítulo. O delegado registrou um boletim contra o vice-presidente da entidade, Alisson Trindade, acusando-o de calúnia e difamação.
Conforme o boletim de ocorrência, o delegado afirmou que durante a coletiva de imprensa realizado pelo Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (SINDPECO), no Hotel MT Palace, nessa segunda-feira (11), o vice-presidente do sindicato teria “imputado falsamente ao comunicante a prática de ato criminoso e ofendido a sua reputação”.
Na coletiva, o sindicato acusou o delegado de pedir um novo laudo sobre a velocidade do carro da médica Letícia Bortolini, acusada de atropelar e matar o verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos, quando não tinha esse direito, além de afirmar que o laudo, produzido por uma empresa particular, foi plagiado.
Entenda o caso
A polêmica envolvendo o delegado e o sindicato já perdura há alguns dias, desde que o delegado “divulgou” o laudo produzido pela Politec e passou a afirmar que neste constava que o carro da médica estava a 30 km/h.
Depois disso, o sindicato se pronunciou afirmando que o laudo não era conclusivo e dizia que pelo impacto o carro estaria a no mínimo 30 km/h, mas não apontava que esta era a velocidade exata. Além de criticarem a postura do delegado.
Em resposta, o delegado pediu um novo laudo, desta vez em uma empresa particular, que, segundo o SINDEPECO, foi realizado por um perito licenciado, que não poderia então fazer o laudo.
Com o novo laudo divulgado, os peritos convocaram uma coletiva onde acusaram que o documento teria sido plagiado e ainda afirmaram que o delegado não poderia tê-lo pedido.
Por fim, agora o delegado Christian Cabral registrou o boletim de ocorrência contra o vice-presidente do sindicato, Alisson Trindade, por calúnia e difamação.
Enquanto isso, a família de Francisco Lúcio Maia segue pedindo justiça pela morte do verdureiro.
