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Delegada não descarta morte de empresário por suposta delação; veja vídeo do crime

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Delegada não descarta morte de empresário por suposta delação; veja vídeo do crime
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A morte do empresário Wagner Florêncio Pimentel, de 47 anos, em fevereiro deste ano, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, pode ter sido encomendada após suposta tratativa de delação premiada com o Ministério Público do Estado (MPE). É o que afirma a delegada da Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura.

Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Civil prendeu cinco pessoas envolvidas na morte de Wagner, entre eles um servidor do 44º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército. O empresário era investigado na Operação Crédito Podre, deflagrada em dezembro de 2017 pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), por suposta participação em um esquema de sonegação de impostos por meio de fraude em exportação de commodities.

De acordo com Jannira, a Polícia Civil não conseguiu confirmar se a delação premiada do empresário chegou a ser feita com o MPE. No entanto, observou que a mulher da vítima comentou durante seu depoimento sobre a tratativa de acordo com o órgão.

A delegada disse que ainda não é possível apontar a razão do crime, mas que se trata de uma execução. Agora, o objetivo da polícia é identificar quem são os mandantes do assassinato, que, segundo ela, podem ter ligação com o crime de sonegação fiscal pelo qual a vítima era investigada. Por isso, a DHPP trabalha em conjunto com a Delegacia Fazendária.

Suspeitos são identificados

A delegada explicou que chegou a prisão de cinco suspeitos após analisar uma série de imagens dos locais próximos ao crime. Com base nas imagens, estabeleceu que o crime se deu com apoio de, pelo menos, dois núcleos: um era responsável por monitorar a rotina de Wagner; o outro, por cometer o crime.

Nesse sentido, fariam parte do núcleo de monitoramento o casal Wellington Lemos Guedes Castro e Rosiele Fátima da Silva, que repassavam informações sobre Wagner pelo celular. Já o núcleo responsável pelo assassinato teria também um casal, Adão Joasir Fontoura e Dayane Pereira Fontoura. Adão teria sido o responsável pelos tiros e foi preso em sua casa, no bairro Santa Laura. Com ele, a polícia apreendeu um revólver, calibre 22.

Uma quinta pessoa, que estava em uma motocicleta, chegou a ser presa, mas, após o depoimento, a delegada Jannira descartou sua participação no crime.

Conforme a Polícia Civil, Adão já foi condenado por homicídio, em 2002. O crime foi cometido contra o médico César dos Santos Brambila, na mesma avenida em que Wagner foi morto.

Sigilo

Em razão da ligação do empresário com a operação Crédito Podre e a possibilidade do envolvimento de outros investigados na morte de Wagner – que não está descartada, segundo a delegada -, a investigação sobre o que de fato aconteceu para o assassinato segue em sigilo. Por essa razão também não é possível obter a suposta delação premiada e anexá-la ao inquérito policial.

Conforme a delegada, a expectativa da Polícia Civil é que a conclusão do inquérito seja feita em até 30 dias, podendo ser prorrogado esse prazo.

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Abaixo, confira o vídeo do momento do assassinato do empresário:

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