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Degustação de vinhos: por onde começar?

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Degustação de vinhos: por onde começar?

Degustar vinhos é, nas palavras de um dos maiores enólogos franceses, Emile Peynaud, ‘submetê-lo aos seus órgãos dos sentidos, analisando-o atentamente’. Ou seja, degustar é beber com atenção!

E esse é um excelente exercício para aprender um pouco mais sobre esse universo. É a partir dessa prática que conseguimos identificar as principais características da bebida.

Para dar início a uma degustação técnica, deve-se provar o vinho em um local adequado, com boa iluminação e livre de odores, tomando o cuidado de servir o vinho em taças adequadas, além da temperatura ideal.

Para uma simples degustação, apenas para aprimorar o paladar, minha dica é iniciar por vinhos de diferentes uvas; comece com um cabernet sauvignon e um carmenere, experimente os dois e sinta os aromas e sabores. Faça anotações e note como são diferentes. Assim será possível começar a formar o seu repertório no mundo do vinho.

Se você quiser aprimorar um pouco mais seus conhecimentos, existem dois tipos de degustação:

Vertical
Chamamos de “vertical” a degustação na qual se compara diferentes safras de um rótulo específico. Não há uma regra para escolha das safras e os vinhos podem ser de safras consecutivas ou de décadas diferentes, por exemplo.

Nesse tipo de análise, é possível identificar as mudanças e a evolução de um determinado vinho em função do comportamento de cada safra e do seu próprio envelhecimento.

Existem safras que se destacam de outras devido às condições climáticas. Podemos dizer que se o clima, o solo e os níveis de chuva são ideais, o resultado será uma uva de melhor qualidade, logo, um vinho melhor.

Além das influências do terreno, o tempo de envelhecimento de uma safra também traz características ao vinho. O sabor, o aroma e a cor mudam com o passar do tempo.

Com a degustação vertical, podemos acompanhar a evolução de sabores que um vinho passa e, também, as influências do terroir na bebida.

Horizontal
Na degustação “horizontal” os vinhos experimentados são do mesmo tipo, variedade de uva, região e safra, porém de vinícolas diferentes. Ou seja, vinhos com características teoricamente iguais, mas de produtores distintos.

Nesse tipo de experiência, é possível comparar a forma como vários enólogos trabalham a mesma casta de uma determinada região e quais resultados, semelhantes ou não, são obtidos.

A degustação horizontal permite avaliar o trabalho do homem no vinho produzido. Já observou que um mesmo vinho, da mesma uva e região, pode ter características bem diferentes de outras?

Que tal fazer sua própria degustação?

Existem lugares que oferecem degustações para apreciadores de vinhos, mas é possível fazer tudo em casa! É preciso ter um pouco de paciência para analisar os rótulos e separar os que mais se adequam à categoria escolhida.

A forma mais prática – e em conta – é começar pela degustação horizontal. Nessa prática, você pode escolher sua uva favorita e testar vários produtores no mercado.

Nunca se esqueça, beba com moderação, saúde!

O Livre

Mini biografia Ana Cristina Sucolotti

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