Um bebê com apenas quatro dias de nascimento aguarda uma cirurgia, após ser diagnosticado com atrezia anal (ânus imperfurado). Se não for submetido ao procedimento cirúrgico, o recém-nascido pode desenvolver uma obstrução intestinal que pode levá-lo a morte.
O defensor público Moacir Gonçalves Neto informou a reportagem do LIVRE que uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal foi constatada como disponível em um hospital particular de Cuiabá. Por isso, já foi iniciado os procedimentos para a devida internação.
“Estamos aguardando o bloqueio de R$ 87,6 mil das contas do Estado para que seja garantida a internação”, informou.
No domingo (7), o juiz plantonista da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, Wladys Roberto Freire do Amaral, concedeu liminar determinando o prazo de 12 horas para o Estado de Mato Grosso e a Prefeitura de Nova Bandeirantes cumprir a decisão que obrigava a internação em UTI, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1 mil.
A decisão atendeu pedido de uma ação cominatória ajuizada pela Defensoria Pública.
A atresia anal ocorre quando o intestino não se forma de maneira adequada, enquanto o feto está se desenvolvendo. Não se sabe o causa essa condição.
A maioria dos bebês com atresia anal desenvolve algum tipo de ligação anômala (fístula) entre o ânus e a uretra, entre o ânus e a área entre a uretra e o ânus (o períneo), entre o ânus e a vagina ou, em casos raros, entre o ânus e a bexiga.
A atresia anal costuma ocorrer juntamente com outros defeitos congênitos na coluna vertebral, coração, rins e membros.