Mato Grosso

Defensores públicos podem advogar para Sílvio Corrêa e Marcel de Cursi

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Defensores públicos podem advogar para Sílvio Corrêa e Marcel de Cursi
Ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi (Foto:Ednilson Aguiar/O Livre)

As defesas do ex-secretário de Estado de Fazenda Marcel Souza de Cursi e do chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cesar Corrêa Araújo, podem ficar sob responsabilidade da Defensoria Pública. Os dois, que são réus na 4ª fase da Operação Sodoma, deixaram de apresentar suas alegações finais.

Silvio Corrêa fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no bojo da delação de Silval Barbosa e seus familiares, confessando participação em diversos esquemas no governo do Estado entre 2010 e 2014. A defesa de Silvio Corrêa, realizada pelo advogado Victor Alípio Borges, deve entregar suas alegações finais ainda nesta segunda-feira (19).

O ex-secretário Marcel de Cursi é apontado como o responsável por arquitetar a liberação de recursos para o pagamento da desapropriação alvo do grupo criminoso no âmbito da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

No mandado judicial, expedido no dia 07 de março, o juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior deu prazo de 10 dias para que os réus apresentem suas alegações finais sobre as acusações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Caso não apresentem suas defesas, o juiz deverá apontar defensores públicos para representá-los.

Na 4ª fase da Sodoma, o MPE investigou o desvio de R$ 15,8 milhões na desapropriação da área que se tornou o bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. O terreno foi comprado pelo Estado por R$ 31,7 milhões e o grupo liderado por Silval teria acordado com a Santorini Empreendimentos Imobiliários a devolução de metade do valor a título de propina.

A área foi alvo de invasões desde o final da década de 1990 e foi desapropriada por Silval em janeiro de 2014, depois de uma longa disputa judicial com relação à legalidade do título da Santorini.

Cerca de R$ 10 milhões desviados no esquema serviram para pagar uma dívida de campanha do ex-governador com o empresário e dono de factoring Valdir Piran. O restante teria sido dividido entre os demais participantes do esquema, entre eles os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel De Cursi e Arnaldo Alves de Souza Neto.

Também teriam sido beneficiados com os recursos ilegais o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) Afonso Dalberto e o procurador aposentado, Chico Lima.

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