Mato Grosso

Declarações de Locatelli aumentaram demandas da CPI da Sonegação, diz Janaina

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Declarações de Locatelli aumentaram demandas da CPI da Sonegação, diz Janaina
(Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

A presidente interina da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Janaina Riva (MDB), revelou que, após as declarações do empresário Aldo Locatelli na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação, na terça-feira (23), os trabalhos aumentaram, ao ponto de as apurações terem que ser suspensas.

A declaração foi feita à imprensa na manhã de sexta-feira (26), na cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).

Janaina tratou de afastar a informação de que a suspensão dos trabalhos, repassada na tarde de quinta-feira (25), se trataria de um boicote às ações, determinado pela base do governo. Segundo ela, o que aconteceu foi um aumento na demanda e uma decisão conjunta por cautela nos trabalhos.

“Às vezes na ânsia de se querer fazer muito rápido, você acaba se prejudicando”, observou.

“A opção pela suspensão foi porque, quando a gente viu o tamanho da demanda que está vindo, que nem nós imaginávamos que teríamos, depois daquela fala do Aldo, a gente só manteve essa que já estava marcada para ontem e decidimos esperar chegar as pessoas qualificadas para a gente poder fazer esse trabalho”, explicou.

Conforme a presidente, a ALMT vai contar com consultorias do Senado, da Câmara Federal e ministérios do Governo Federal para auxiliarem a equipe da CPI. “É muito grande a equipe da CPI, para a gente contratar uma empresa que possa ter qualquer tipo de problema e trazer um desgaste para a Assembleia”, disse.

Desde que foi instalada, em fevereiro, a CPI funciona com auxílio de servidores dos gabinetes dos deputados estaduais. Por isso, a Assembleia decidiu contratar uma equipe técnica especializada para análise de documentações recolhidas.

Segundo a presidente, um esquema de segurança deverá ser montado em torno das documentações que deverão ser enviadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ministério Público do Estado e Polícia Federal. Uma sala de segurança foi requisitada para que a papelada seja manuseada por apenas uma pessoa, no intuito de preservar o sigilo dos conteúdos.

A expectativa da parlamentar é de que em até 30 dias essa contratação esteja feita, sendo possível a retomada da CPI.

Declarações polêmicas

O empresário Aldo Locatelli foi ouvido pelos deputados na terça-feira (23), quando afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que teria sede em São Paulo, usa postos de combustíveis em Mato Grosso para lavar dinheiro oriundo de outras práticas criminosas.

O motivo, segundo Locatelli, seria a facilidade para “esconder” produtos e sonegar impostos no segmento de combustíveis. Apesar da declaração, o empresário preferiu não entrar em detalhes sobre a denúncia. Destacou, entretanto, que na Capital paulista os membros da facção possuem, inclusive, códigos para identificar seus postos.

Ainda conforme o empresário, a sonegação na comercialização de combustível é fácil porque os governos têm concentrado a cobrança de impostos em três setores: combustíveis, energia elétrica e comunicação. Ao contrário dos dois últimos, contudo, sobre o primeiro não há um controle efetivo do quanto entra e sai do Estado.

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