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De volta à terra natal, Helio Flanders revela influências literárias em show intimista

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De volta à terra natal, Helio Flanders revela influências literárias em show intimista

Em um show literário e musical, o cuiabano Helio Flanders “assume” a voz do poeta norte-americano Walt Whitman, compartilhando com o público de sua terra natal, influencias literárias mais íntimas. É que, à ocasião, o cantor e compositor também celebra escritores conterrâneos; para ele, amigos de longa data, referências e revelações, que constroem um momento fértil para a literatura mato-grossense.

Depois de passar por Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), o show “Helio Flanders & As Folhas de Relva” chega a Cuiabá nesta terça-feira (23), abrindo a programação da Semana de Leitura e Literatura do Sesc. A apresentação solo do vocalista da banda Vanguart será às 20h, com entrada gratuita, no Teatro do Sesc Arsenal.

“Me apresento à minha cidade, com a qual tenho um vínculo poético forte, em um momento muito oportuno e feliz para a literatura de Mato Grosso, que carrega uma herança riquíssima de Manoel de Barros, Ricardo Guilherme Dicke, Silva Freire, Antônio Sodré, Eduardo Ferreira… E agora, a gente vê o nascimento de lindas obras, como as de Danilo Fochessato, Júlio Custódio, Lorenzo Falcão, Rodrigo Meloni e Jade Rainho”, cita o músico.

O show também marca o lançamento oficial de quatro obras do coletivo Arcada Selo Editorial Independente, a partir das 19h, com a presença dos escritores. “Um coletivo de editores e poetas que eu sou muito fã e me influenciaram muito”, ressalta Helio Flanders, que também se prepara para lançar, em breve, seu primeiro livro.

Repertório

A apresentação mistura trabalhos autorais, releituras e muita poesia. No repertório, canções como “Romeo” e “Forasteiro”, parcerias com o músico Thiago Pethit, e “Dentro Do Tempo Que Eu Sou” – todas do projeto solo Uma Temporada Fora de Mim (2015). Hélio Flanders também instiga a memória dos cuiabanos com sucessos da Vanguart, como “Quando Eu Cheguei Na Cidade”.

“São canções que se unem à poética do Whitman, um poeta que estudo e traduzo há vários anos, de forma que as coisas se tornam uma só. A escrita dele me influenciou desde que li pela primeira vez há mais de 10 anos. Costumo dizer que ele é o ‘meu’ poeta”, explica o músico.

Considerado o pai do verso livre, Walt Whitman foi um poeta, ensaísta e jornalista norte-americano do século 19, “batizado” por Paulo Leminski como o grande poeta da Revolução americana. Sua obra Folhas de Relva, que dá nome ao show de Hélio Flanders, é considerada um marco na literatura universal, especialmente para a poesia.

“O Whitman tem uma ‘voz’. Acho que o poeta, quando é assim, ele te dá uma voz própria também. As vezes nem sei direito se a voz que sai de mim é a minha ou a dele. Acho que isso tudo se mescla de um modo muito bonito e cheio de propósito para mim”, finaliza Flanders.

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