Em tempos de Instagram, WhatsApp e outras redes sociais, quem ainda se lembra de enviar um telegrama, um cartão postal ou uma carta com mensagens de amor? Houve uma época – e não faz tanto tempo assim – em que a comunicação interpessoal era basicamente feita através desses recursos e, nesse mundo pré-internet, o carteiro era portador de boas e más notícias, uma espécie de cupido de amores inesquecíveis ou causador involuntário de grandes desilusões.
Esse universo rico, poético e nostálgico inspirou a criação do novo espetáculo do Coro Experimental, o “Canção Postal”, que será apresentado à plateia nos dias 11 e 12 de agosto, com início às 20h. O ingresso sai por R$ 10,00 mais 1 litro de leite UHT.
De acordo com a assessoria, o espetáculo começou a ser construído na imaginação dos integrantes do Coro Experimental no início do ano. Todos puderam dar sugestões de canções que falassem sobre o tema proposto e assim foram resgatados sucessos que estão no repertório do novo show, como “Pombo-correio”, do baiano Moraes Moreira, e “Please, Mr Postman”, que embalou gerações com The Beatles e Carpenters.
A essas composições, somaram-se algumas pérolas do cancioneiro nacional e internacional, como “Love letters” – um clássico dos anos 1940, gravado por Nat King Cole e Elvis Presley – e “Mensagem”. De autoria de Aldo Cabral e Cícero Nunes, esta canção de 1946 é considerada o maior sucesso da cantora Isaurinha Garcia e sintetiza a essência do clima de “Canção Postal”, onde o romantismo se faz presente em vários ritmos e linguagens musicais, atravessando décadas.
O ecletismo é outra marca do Coro Experimental MT, que faz jus ao seu nome trazendo para o público mato-grossense composições de Odair José e Leandro Lehart, ao lado de hits da banda LS Jack, de Zeca Baleiro e Nando Reis, entre outros.
O Coro Experimental nasceu no final de abril de 2017 com a missão de participar em junho do concerto da Orquestra do Estado de Mato Grosso em homenagem aos 130 anos de Heitor Villa-Lobos. Em outubro, o grupo apresentou o show “A Tempo” no Cine Teatro Cuiabá, revelando ao público uma identidade própria, que se confirmou no espetáculo de final de ano e se solidifica em “Canção Postal”, em que todas as músicas têm arranjos inéditos (em sua maioria de autoria de Jefferson Neves) e seguem um fio condutor.
“Em 2017, o tema foi o tempo. No final daquele ano, numa conversa informal com integrantes do grupo, falávamos sobre qual poderia ser o tema do nosso próximo espetáculo. Guga (o baixo Milton Fleury) nos trouxe a ideia de falarmos sobre o amor, contado através de mensagens, cartas, telegramas”, conta Jefferson, que também é fundador e faz parte dos grupos vocais “Alma de gato” e “Mesa pra 6”.
Para levar ao palco esse clima nostálgico – e, ao mesmo tempo, atual -, tudo é importante, da escolha dos figurinos ao cenário, passando pela coreografia e outros elementos cênicos. Fiel à proposta do Coro Experimental, que hoje atua de forma independente, sem vínculo com qualquer instituição, foram criados cinco núcleos de trabalho, aos quais os cantores se integraram de acordo com suas afinidades e competências: Pesquisa, Comunicação, Cenário, Figurino e Dança.
“Acredito que o coro não pode ser um mero reprodutor das peças que apresenta. Por isso, procuramos valorizar a personalidade de cada cantor, que passa a ser único, ainda que faça parte de um trabalho coletivo”, explica Jefferson. Essa preocupação está presente nos arranjos – seja nas apresentações em grupo ou em solo – e no texto de Gilberto Nasser.
O resultado do novo projeto poderá ser conferido no Cine Teatro Cuiabá, que tem sido um grande parceiro com a cessão de uma sala para os ensaios semanais. “Estamos experimentando uma nova forma de fazer canto coral em Mato Grosso”, diz o regente, que revela estar completamente apaixonado por essa experiência.
Os ingressos estão à venda na bilheteria do Cine Teatro Cuiabá, de terça-feira a domingo, no horário das 14 às 19h. Compras online através dos sites www.ingressosmt.com.br e www.guicheweb.com.br.
(Com Assessoria)