Abóbora, alface, cebolinha, couve, jiló, tomate, rúcula… Todas as semanas esse produtos chegam à mesa de pessoas em situação de vulnerabilidade social graças a um projeto desenvolvido atrás das grades.
Na Cadeia Pública de Diamantino (182 km de Cuiabá), quatro detentos cuidam da produção e, semanalmente, cerca de 20 caixas com as hortaliças e legumes saem da unidade prisional. O destino: instituições sem fins lucrativos.
São beneficiados o Lar dos Idoso São Roque, a APAE, o Lar das Crianças e outros projetos sociais.
O município vizinho, Alto Paraguai, também também recebe as doações. Lá, a comida é enviada às creches municipais.
As hortaliças são todas produzidas dentro da cadeia. Os detentos responsáveis fazem o trabalho de cultivo: plantam, regam, colhem e selecionam os produtos.
A cada três dias trabalhados, eles reduzem um dia na pena a ser cumprida.
A área destinada à plantação tem 15×30 metros. E o trabalho é reconhecido pela Prefeitura de Diamantino, pelo Ministério Público, Poder Judiciário e por empresários locais.
As mudas, adubos e ferramentas necessários para a plantação são doados por essas entidades.
Outros projetos
Na mesma unidade, outros 10 detentos trabalham na confecção de tapetes. O trabalho, além de reduzir a pena, representa uma fonte de renda para as famílias dos presos.
Semanalmente, são produzidas cerca de 40 peças, que são levadas pelos familiares e comercializadas para auxiliar no sustento mensal.
O estudo e a leitura também são parte do dia a dia dos reeducandos da unidade prisional. Cerca de 15 deles estudam por meio de uma parceria com a Fundação Nova Chance (Funac).
Outros participam de um clube de incentivo à leitura. Ao final de cada livro, eles são estimulados a escreverem uma resenha.
(Com Assessoria)