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De bola a Unicórnio: saiba como ajudar Papai Noel a atender os pedidos deste ano

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De bola a Unicórnio: saiba como ajudar Papai Noel a atender os pedidos deste ano
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre

Papai Noel precisará de muita versatilidade para atender os pedidos das crianças que enviaram cartinhas pelos Correios este ano. As solicitações vão desde o tradicional – bolas e bonecas – até o mitológico – Unicórnios.

Em menos de uma semana, a Campanha Papai Noel dos Correios já recebeu mais de 10 mil cartas em Mato Grosso e, se seguir neste ritmo, vai superar o ano anterior, quando foram recebidas 26,7 mil.

Grande parte do volume vem de creches e escolas públicas das áreas mais carentes de Cuiabá.

As instituições se inscrevem e ,com auxílio dos professores, estudante de no máximo 10 anos fazem pequenos textos ou, em alguns casos, desenhos e rabiscos (quando a criança não sabe escrever ainda), para o Bom Velhinho.

Papai Noel precisará ser criativo para atender os pedidos inusitados (Foto: divulgação)

Uma variedade de solicitações e também de personalidades são encontradas nas cartinhas. Alguns justificam que foram responsáveis e, por isso, merecem o presente.

Já outros, como Pedro Henrique, de 5 anos, são mais compreensivos. Na cartinha, ele pede uma bola de basquete, porque sonha ser jogador. Porém, diz que entenderá se Papai Noel não tiver dinheiro suficiente.

O sonho de ser um atleta profissional também rodeia inúmeras crianças que pedem chuteira, bolas para todo o tipo de modalidade e acessórios.

Todos aguardam que a cartinha deles seja apadrinhada por alguém.

Imagine a emoção de quem selecionar a carta de um futuro atleta olímpico.

Praticidade

Outro pedido muito comum entre as crianças é o de material escolar. Cadernos, lápis de cor, giz de cera e todo tipo de acessório.

Nestas cartas, é possível reconhecer quem são os personagens do momento. A maioria das meninas quer algo com o desenho das bonecas LOL ou da marca Capricho. Os meninos preferem Os Vingadores.

Dentro deste grupo, existe ainda os que seguem fora da linha como Jonas Brás Ferreira, de 6 anos. Ele quer apenas uma guarda-chuvas para se proteger da chuva e do sol quando vai para aula.

Ostentação

As restrições financeiras de Papai Noel não impediram Maurício Ricardo de almejar a realização de um sonho. Conhecer a Disney, em Orlando (EUA).

Como ele sabe que o pedido não é muito simples, deu uma segunda opção: um Iphone.

Além dele, vários meninos e meninas pediram vídeo games e celulares. Há quem queira algo mais moderno, como Maurício, e existe quem apenas não queira se sentir excluído.

Fábio Marcelo, de 5 anos, quer um aparelho porque ele é o único da sala que não tem.

Surpresas

Tem gente que quer apenas atenção. A pequena Emilly Gabrielly, 5 anos, diz que quer só agradecer e explica que gostaria de conversar com o Papai Noel.

Ela está sofrendo porque não conheceu o avô, que é falecido. Segundo ela, todos contam histórias dele, mas ela não pode fazer o mesmo.

A situação tem causado sofrimento na menina, que gostaria de compartilhar com o Bom Velhinho.

Ana Flávia de Paula Correia, 7 anos, também surpreendeu. Ela pediu um jogo de chá de verdade.

Na cartinha, conta que sempre pediu para os pais dela, mas eles alegavam que ela não tinha idade suficiente para usá-lo.

Agora, Ana Flávia diz que tem idade suficiente, porém a família não tem dinheiro.

Fofura sem limites

A pequena Amábili Fernanda Queiroz fez um pedido bem complicado. Ela que ganhar um Unicórnio.

Como não sabe escreves ainda, fez um desenho e a professora dela escreveu o que era no topo da carta.

Pelos traços da estudante, não basta apenas ser um Unicórnio, ele precisa ser cor de rosa.

A campanha

Superintendente estadual dos Correios, Gilson do Espírito Santo explica que todo ano os pedidos são muito diferentes e alguns deles chegam a emocionar.

Ele cita o caso da criança que pediu fraldas para irmã, porque a mãe não tinha e usava sacos plásticos no lugar.

Também houve situação em que um filho pediu um par de sapatos para o pai, que era gari. Ele os usaria para trabalhar.

Para este ano, os Correios impediram os pedidos de alimentos por questões de logística. Era grande o risco do produto estragar. Contudo, todos os outros continuam permitidos.

Superintendente dos Correios, Gilson do Espírito Santo, reforça a necessidade de se entregar o presente (Ednilson Aguiar/ O Livre

Se pegou, leve o presente

Cinco mil pessoas pegaram cartinhas nos Correios e não entregaram o presente no ano passado.

O fato fez com que o superintendente intensificasse o pedido para que apenas as pessoas que vão doar peguem a carta.

“Quando alguém pega a carta, a criança deixa de ter a oportunidade de concorrer na seleção de outros padrinhos”.

As estatísticas da empresa mostram ainda que um padrinho costuma pegar mais de uma carta. No ano passado, 11,1 mil cartas foram atendidas por 1,1 mil pessoas.

Como ser um padrinho

As agências dos Correios que têm cartinhas disponíveis estão listadas no blog da campanha e o período final para o apadrinhamento é 23 de dezembro.

Vejam algumas cartinhas que encontramos:

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