As eleições municipais de outubro poderão ser adiadas. A possibilidade foi admitida pelo ministro Luís Roberto Barroso, próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a aproximação do calendário já estabelecido para o pleito e a perspectiva de que as mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus dure por mais alguns meses, as medidas sanitárias deverão ser o parâmetro a ser adotado pelo Congresso Nacional e o Supremo para decidir o assunto, segundo Barroso.
“Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, disse o ministro em conversa, via redes sociais, com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo ele, o assunto começará a ser discutido em junho com os presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Neste momento, existe a expectativa é que a situação do contágio do coronavírus se amenize e crie a possibilidade de manter as eleições para outubro.
Caso contrário, o Supremo tentar alinhavar com o Congresso uma emenda constitucional para alterar o calendário. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já anunciou que a mudança está para além de sua jurisdição.
Pelo calendário atual, os partidos devem começar a fazer convenções para escolher candidatos em julho.