Promover reflexões, mudança comportamental e de vida e repensar atitudes foram os assuntos abordados durante palestra ‘Por que você não é você mesmo?’. O tema foi proferido por voluntários do Centro de Valorização da Vida Comunidade (CVV), às pessoas atendidas pelo Programa “Justiça em Estações Terapêutica e Preventiva”, do Juizado Especial Criminal de Várzea Grande (Jecrim/VG).
O encontro ocorreu na tarde dessa quinta-feira (26 de abril), no auditório do Jecrim, localizado no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), e, além da palestra, os participantes, que em sua maioria são usuários de entorpecentes assistiram a um clipe, declamação de poema, como forma buscar nova perspectiva de vida.
Durante a palestra, foram tratadas questões sobre fazermos as mesmas coisas, sempre da mesma forma porque fomos treinados para agir assim. Repetimos o mesmo comportamento a vida inteira porque foi a maneira como aprendemos. Desta forma, podemos acabar nos tornando escravos da rotina e, quando somos solicitados a mudar, argumentamos: “sou assim desde criança, é o meu jeito de ser e não vou mudar”. A grande verdade é que você pode ser a pessoa que escolhe ser. Todos os dias decidimos se continuamos do jeito que somos ou mudamos.
Para a psicóloga do Núcleo Psicossocial (Nups) do Jecrim-VG, Zelita Oliveira Ribeiro, o CVV só vem a contribuir com o trabalho que está sendo desenvolvido, trazendo conteúdo para os assistidos repensarem e darem um novo sentido à vida de cada um. Ela explicou que os atendidos integram o grupo operativo 2, que funciona como medida socioeducativa e que recebe palestras uma vez por mês. “Temos no CVV um grande apoio. Essa parceria é muito significativa para nós que estamos trabalhando diretamente com essa situação e vai auxiliar muito para a mudança comportamental”.
De acordo com a coordenadora do CVV Comunidade, Ana Rosa Ramos Nunes, o arrependimento é o primeiro passo do processo de mudança, seguido da tomada de consciência e posteriormente do que fazer para mudar. “Esse processo de mudança e as pessoas entenderem melhor a si mesmos é o trabalho que a gente faz. Trabalhamos a questão do despertar, do recomeço para eles poderem se enxergar como as pessoas que eles são. O CVV tem uma crença no ser humano porque todo ser tem um ambiente facilitador, ele desenvolve o processo de se tornar uma pessoa melhor. E nós acreditamos nisso e por isso investimos muito nesse trabalho de levar proposta de vida do CVV para a sociedade, de auxiliar as instituições que nos procura”, comentou.
Ainda segundo Ana Rosa é importante a proposta socioeducativa por meio desta palestra que é para que eles possam se modificar, não somente quanto a parar de usar entorpecente, mas trabalhar dentro de si essa necessidade, a angústia, que faz usar algo que faz se sentir bem. Ela aproveitou para destacar a importância da parceria com o Poder Judiciário. “O Tribunal de Justiça sempre abriu as portas para nós. É uma instituição que está sempre presente na valorização da vida. Essa parceria só vem contribuir com a nossa sociedade”.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) tem 56 anos de existência no Brasil e em Cuiabá, 26 anos. O Centro realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.
O número 188 está disponível e gratuito para quem precisar de ajuda, podendo ligar de orelhão, celular e telefone fixo.
Para contato para a realização de palestras e parcerias em Cuiabá, o telefone é o da própria coordenadora do CVV Comunidade, Ana Rosa: (65) 99981-0239.
Visite a página do CVV na web: https://www.cvv.org.br/
Com Assessoria
