Mato Grosso

Cúpula do governo Taques articulou para abafar escândalo dos grampos

Relatório da Polícia Civil aponta que vários secretários buscaram blindar o governo contra o escândalo em 2017

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Cúpula do governo Taques articulou para abafar escândalo dos grampos
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Membros do governo Pedro Taques (SD) teriam articulado ações para abafar o escândalo das interceptações telefônicas (grampos) vazadas em 2017 e que tinham como alvos  deputados, jornalistas, advogados e adversários políticos do ex-governador.  

A informação consta em relatório preliminar da força-tarefa da Polícia Civil que recupera mensagens trocadas pelo ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, naquele ano.

O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (22), pela TV Centro América. 

Conforme o relatório, membros da alta cúpula do governo usavam dois grupos de conversas no WhatsApp para trocar informações e sugerir ações para conter o vazamento. A estratégia passaria por tentativas de prejudicar a investigação criminal e manipular as informações divulgadas pela imprensa. 

A intenção seria blindar o governo contra as indicações que apontavam para o funcionamento do esquema perto do então governador Pedro Taques. Uma mensagem associada ao então chefe da Casa Civil, José Adolpho Vieira, diz que os secretários deveriam adotar “uma estratégia em conjunto”.  

“Todos [estão] lutando em frentes separadas, não está dando certo, que está falando (sic) isso desde o começo”, revela o relatório. José Adolpho Vieira é investigado por suposta fraude no protocolo da denúncia sobre as interceptações. 

O então secretário de Comunicação, Kleber Lima, teria respondido: “estou dentro”. 

O telefone celular de Rogers Jarbas foi apreendido pela Polícia Civil em setembro de 2017 na Operação Esdras. Ele é investigador por suspostamente ter tentado atrapalhar as investigações do escândalo que ficou conhecido como grampolândia pantaneira. 

O trabalho de recuperação de mensagem vem sendo realizado desde essa época. As interceptações telefônicas teriam sido realizadas entre 2014 e 2015, com participação da Polícia Militar, além de secretários.

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