Cidades

Cultura colaborativa ganha espaço em tempos de coronavírus

Com projeto “cultura maker”, Sesc Pantanal oferece um espaço para os poconeanos desenvolverem habilidades

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Cultura colaborativa ganha espaço em tempos de coronavírus

Em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19), um novo movimento mundial tem se tornado um grande aliado, inclusive em Mato Grosso. É a cultura maker ou a “cultura do fazer”, que visa incentivar a criatividade, estimular o raciocínio crítico e aprimorar as habilidades das pessoas, além de fomentar soluções criativas e sustentáveis para comunidades.

A cultura maker é desenvolvida geralmente em universidades e grandes centros urbanos, em salas e galpões designados como “espaços makers“.

O polo socioambiental Sesc Pantanal criou um projeto seguindo esse modelo para a comunidade de Poconé, chamado Espaço Fábrica, que no momento está sendo utilizado para a produção de máscaras, aventais para o Hospital Geral de Cuiabá e bases de protetores faciais feitas com impressão 3D para as equipes de saúde.

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“Além de ser um local aberto para novas ideias, o Espaço Fábrica é uma ferramenta que proporciona uma série de vantagens para estudantes, comunidade artista e profissionais de diversas áreas, dentre elas, o de desenvolver a criatividade, aplicar o conhecimento teórico na prática, promover maior engajamento, fomentar o empreendedorismo e o bem social”, observou a superintendente do Sesc Pantanal, Christiane Caetano.

Segundo ela, os trabalhos desenvolvidos no local multiuso irão desde atividades práticas como corte, costura e marcenaria, trabalhos com vidro, passando por operações de robótica, automação, impressoras 3D e outros instrumentos de tecnologia digital, onde a comunidade de Poconé poderá utilizar para executar seus próprios projetos.

Os voluntários seguem as normas de proteção, como o distanciamento e utilizando máscaras

“O espaço caminha para a finalização e conta com diversos equipamentos, tanto que a comunidade já está utilizando para iniciativas voltadas à prevenção do coronavírus. A ideia é usar para atividades inovadoras e criativas. Mesmo que não saibam fazer, teremos cursos e oficinas, tudo para que as pessoas possam desenvolver seus projetos e serem independentes”, completou a superintendente.

O Espaço Fábrica também tem o propósito de construir uma rede de apoio voltada tanto para a produção quanto para a troca de experiências e ideias. “O espaço constrói uma rede não centralizada, com pessoas curiosas focadas naquilo que é bom. Os benefícios são inúmeros, a começar pelo bem social. Um adolescente que se encontra sem oportunidade, poderá se integrar e aprender uma atividade. É uma nova janela que se abre para a comunidade de Poconé”, comentou o analista do Sesc Pantanal, Michel Lima, um dos responsáveis pelo local.

Ele destaca que o movimento maker pode auxiliar em todos os segmentos, já que não se restringe às disciplinas exatas.

“Apesar da ligação com a tecnologia, a cultura maker não precisa de tecnologia digital e materiais caros para ser introduzida. O foco é mostrar para as pessoas que elas podem se desafiar e se tornar independentes, desde que tenham interesse”, finalizou o analista do Sesc Pantanal.

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