O disse-me-disse sobre o aumento de preços de praticamente tudo em Mato Grosso parece não ter fim. E numa tentativa de explicar o que acontece, pelo menos, no caso do etanol, o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Júnior, resolveu escrever um artigo.
No texto, ele aponta que basicamente tudo pode impactar no preço do combustível, inclusive o próprio preço dos combustíveis.
E o governo do Estado – que vem sendo apontado como o grande vilão – logo tratou de destacar: é culpado, mas nem tanto.
Segundo a explicação de Nelson, o aumento da alíquota do ICMS sobre o etanol (e quem diz que aumentou é ele, o governo nega) agravou uma situação que já tinha tudo para ser bem ruim.
Mas, no final das contas, o governo não está mentindo quando sustenta que sua interferência tirou do bolso do motorista, no máximo, mais R$ 0,06 por litro.
Para compor os cerca de R$ 0,30 a mais que o combustível vem custando – o valor médio saltou de R$ 2,91 para R$ 3,20 – o diretor do Sindipetróleo listou:
- O fim da safra da cana-de-açúcar
- O aumento do preço da gasolina e do diesel (o etanol é transportado por veículos que também usam combustível)
- O 13º salário dos frentistas e demais funcionários de postos
- A queda de uma liminar do Tribunal de Justiça que limitava a margem de lucro dos postos a 20%
- A falência de alguns postos no Estado (o que diminuiu a concorrência no setor)
Por fim, Nelson ainda lembrou, Mato Grosso “se mantém entre os Estados com o etanol mais barato do país”, ou seja, tá ruim, mas poderia ser bem pior.