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Thaís Fonseca e a professora de redação Marijane Martins: foco na gramática
Thaís Fonseca Lopes de Oliveira, 18 anos, tornou-se um orgulho cuiabano. Este é o segundo ano consecutivo em que a jovem tira a nota máxima na redação do Enem. E se essa é a meta dos milhões de estudantes que se inscrevem todos os anos no Enem, o LIVRE procurou a jovem para dar dicas para quem almeja esse feito.
“Na redação, para ter uma boa nota vários fatores são necessários: dedicação, persistência, muita confiança nos professores, observar o que acontece no cotidiano, observar o que acontece ao redor, para poder também elaborar a proposta de produção. É preciso conhecer a estrutura dissertativa, argumentativa, que o Enem pede”, listou a jovem.
Além disso, ela fez questão de falar da importância do domínio da gramática da língua portuguesa, do uso da linguagem adequada para uma redação e de que tudo que os professores falam em sala de aula auxilia na hora da prova.
“Muitas pessoas perdem pontos na gramática e por causa da linguagem coloquial. É importante também ter atenção aos professores no geral, porque todos os conteúdos podem ser aproveitados na redação para fazer a argumentação, para ter algum elemento diferente para sua redação se destacar”, disse.
Thaís já tinha tirado 1.000 na redação do Enem de 2016 e contou que sempre treinou muito, escrevendo uma redação por semana no mínimo, corrigindo os erros, treinando todos os temas que a professora de redação Marijane Martins propôs, prestando atenção nas aulas e focando bastante na gramática, que para ela pode ser determinante para a boa nota.
A estudante é filha de uma professora de matemática e de um funcionário público. O mérito para alcançar essa nota, segundo a mãe dela, Sebastiana Lopes da Fonseca, vai além de seu grande esforço: teve também a estrutura familiar e escolar que a jovem possui.
“O ambiente familiar contribui muito para o desempenho do aluno; ela foi criada em um ambiente onde sempre estou estudando. Como mãe, você dá todo apoio psicológico, mas a escola também ajuda bastante e com certeza tem a dedicação dela, porque não é a minha área, o meu forte é matemática”, disse Sebastiana.
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Thais e a mãe: “criada em ambiente de estudo”
Thaís teve aulas de redação na escola desde o ensino fundamental. Antes de entrar no ensino médio, participou de um concurso de bolsas no Colégio Salesiano São Gonçalo e, por seu bom desempenho, ganhou uma bolsa completa, o que, segundo a jovem, foi uma motivação a mais para manter boas notas.
“Eles oferecem bolsas para os alunos que têm bom desempenho. E ela foi uma bolsista esse tempo todo no colégio São Gonçalo, no 1º, 2º e 3º anos do ensino médio e no cursinho. A gente não tem condições de pagar a escola, mas nós tivemos a dedicação dela”, disse a mãe da estudante.
Durante o 2º e o 3º anos do ensino médio Thaís fez aulas de redação fora da escola também, mas no ano passado ficou somente com o cursinho. Sua é conquistar uma vaga para medicina.
“Eu quero fazer medicina, que é um curso muito concorrido. Preciso ter uma média muito alta – e no ano passado eu não consegui a média no geral. Neste ano eu estou contente com a minha evolução, sempre estou melhorando. Preciso esperar o Sisu [Sistema de Seleção Unificada] para ver se vou conseguir de verdade”, disse a jovem.
Mesmo ainda sem o resultado final, os pais de Thaís, Sebastiana e José Edivaldo, já estão muito orgulhosos dos feitos da filha e agradecidos pelos professores que ela teve ao longo da vida.
“Nós, pais, ficamos muito orgulhosos pelo desempenho dela e não deixamos de valorizar também, além da dedicação que ela tem, a preparação, que no conjunto faz com que ela tenha esse desempenho. Fico muito satisfeita, muito orgulhosa e sempre agradeço também a equipe de professores, porque o conjunto da obra depende de uma boa equipe”, afirmou a mãe.
