Cidades

Cuiabá tem 35 “Maracanãs” na lista de risco de desastre ambiental

Bairros que correm mais risco estão em regiões de periferia e podem ser atingido por enxurradas em dias de chuvas intensa

3 minutos de leitura
Cuiabá tem 35 “Maracanãs” na lista de risco de desastre ambiental

Cuiabá tem cerca de 20 mil pessoas morando em áreas de risco de enchente, alagamento e até enxurrada. Elas estão distribuídas por 700 hectares da Capital. Regiões que têm, ao menos, cinco pontos mais críticos próximos a córregos.

Em miúdos, o tamanho da área de risco mais alto corresponde a 35 campos do Maracanã, que mede 200 mil metros quadrados. Um hectare equivale 10 mil metros.

“São áreas cujo maior risco é a enxurrada, que pode chegar de repente, não haver tempo para sair do local. Quando a chuva na cabeceira de córregos próximos a essas áreas é muito forte, nós entramos em alerta”, disse o coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, Paulo Selva.

Os bairros Doutor Fábio, Jardim Vitória, Parque Georgia, Residencial Coxipó e São Gonçalo são exemplos de área com risco elevado de desastre ambiental.

LEIA TAMBÉM

No total, 35 córregos cortam Cuiabá. Todos estão na lista de agentes ambientais de perigo de desastre natural em época de chuvas intensas. Porém, a maioria tem classificação de risco mais baixa, como alagamento e enchente.

Os três córregos com mais chances de sair do controle são o do Barbado, Getúlio Vargas e Três Barras.

Previsão do tempo

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê alerta amarelo para Cuiabá por causa da previsão da quantidade de chuvas nesta semana.

Até o próximo domingo (16), há chances de 80% de chuva diária na Capital, apesar do calor intenso, com máxima de 32ºC.

Elas devem cair, principalmente, no início da tarde, entre meio-dia e as 13h, horários em que probabilidade atinge os 80%.

Pela manhã, a probabilidade varia entre 24% e 35%, com chances de chuva às 4h e às 10h.

Médias históricas

As chuvas intensas ocorrem em Cuiabá entre janeiro e março, intervalo em que a média de água fica mais propícia a ultrapassar os limites históricos e causar desastre.

Até a noite dessa segunda-feira (10), a medida feita pela Defesa Civil apontava para índice abaixo do esperado.

Por enquanto, choveu menos do que se esperava para o período do ano (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O acumulado em fevereiro chegou a 120 milímetros de chuva, em comparação com a média histórica de 210 milímetros, registrada nos últimos 10 anos.

Em janeiro, o nível teve a mesma proporção. A média histórica para mês é 220 milímetros.

Mas, a tendência, de acordo com a Defesa Civil, é que fevereiro ainda chegue à média dos últimos anos.

“Estamos no 10° dia do mês e é bem provável que atinjamos essa meta pelo monitoramento que estamos fazendo. Com isso, conseguimos alertar à população, principalmente os ribeirinhos e àqueles que vivem em áreas de risco”, disse o coordenador Paulo Selva.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes