Com a estimativa de crescimento nos casos de coronavírus, duas questões preocupam o Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso (CRM-MT): a escassez de insumos nas unidades de saúde e a falta de preparo dos profissionais de saúde.
“Estou recebendo mensagem o tempo todo dos profissionais de Policlínicas e Unidades Básicas de Saúde. São reclamações de falta de luva, avental, óculos, máscara cirúrgica”, explica a presidente do órgão, Hildenete Monteiro Fortes.
As unidades citadas pela médica foram apontadas como referência para cidadãos com sintomas da Covid-19, doença causada pelo novo vírus.
“Não temos esses equipamentos de proteção no dia-a-dia. Os profissionais da saúde são mais propensos a ser infectados, por isso a preocupação”, explica.
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Como medida, o CRM vai procurar o Ministério Público Estadual (MP) e, em conjunto, fiscalizar a falta dos equipamentos.
No Conselho, os depoimentos de casos investigados estão suspensos como medida de evitar a disseminação do vírus.
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá disse que já realizou a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e deve criar um fluxo de entrega nas unidades.
Falta de treinamento
Já a falta de preparo dos profissionais para lidarem com o aumento de pacientes e a forma correta de receber essas pessoas foi criticada pelo médico Adeíldo Lucena, representante do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed).
Segundo Lucena, cada profissional infectado pode ficar 15 dias afastado e, como consequência, “desfalcar uma equipe que já é desfalcada”.
Para suprir a deficiência, o CRM se colocou à disposição das autoridades para oferecer treinamento aos profissionais de saúde da rede pública e privada.
Segundo a Prefeitura de Cuiabá, os profissionais da rede municipal já foram treinados.
