O governador Mauro Mendes (DEM) iniciou seu mandato enfrentando crises com diversos setores – que não devem ser superadas tão cedo. Segundo aliados, o plano de ajuste fiscal de Mendes tem entre suas principais metas colocar os salários dos servidores em dia e, para isso, ele considera fundamental acabar com a Revisão Geral Anual (RGA), que repõe as perdas da inflação.
A medida pode desencadear uma greve geral.
Para fechar as contas deste ano no azul, o governo precisa arrecadar R$ 1,7 bilhão além do previsto no orçamento. Para aumentar a arrecadação, o governador aumentou a taxação do agronegócio, elevando o valor e ampliando o leque de produtos que pagam Fundo de Transporte e Habitação (Fethab).
O próximo passo (e talvez uma nova crise) será para cima da indústria, cortando incentivos fiscais de diversas empresas. Com esse segmento, o diálogo pode ser ainda mais difícil que com o agro, já que se trata do setor em que o próprio Mauro Mendes atua, e onde começou a ganhar projeção política, como presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).