“Repugnante” e “grave” foram os adjetivos usados pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ao falar das acusações que pesam contra os denunciados da Operação Quadro Negro.
A operação foi realizada na terça-feira (22) e apurou o desvio de R$ 10 milhões dos cofres do Estado, por meio de contratos que visavam à compra de softwares educacionais.
“Os fatos colocados em análise são muito graves e traduzem condutas delitivas de maior repugnância nos tempos atuais, na medida em que se descortinou um suposto esquema de desvio de verbas públicas”, escreveu a juíza, ao decidir soltar todos os acusados.
Ela destacou também que o crime, embora acontecido em 2014, ainda causa danos na sociedade, mesmo que valores não tenham saído da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
“[…] a prestação de um serviço de efetividade zero privou e ainda priva os jovens estudantes mato-grossenses de um serviço educacional moderno e de qualidade, não se verificando até os dias atuais que os serviços contratados foram prestados”, considerou.